A extenuante rotina da equipe de saúde que atua na ala Covid-19 em Alegrete

Indispensáveis, os profissionais da saúde que atuam no combate à Covid-19 estão entre os grupos mais vulneráveis às consequências emocionais e psicológicas da pandemia. Eles encaram rotinas exaustivas, onde o foco é dar tudo de si para cuidar dos pacientes infectados. Neste cenário, o amparo à saúde mental da linha de frente cabe também à coletividade, responsável por se informar e respeitar quem cuida.

 

A população deveria colocar-se no lugar desses profissionais e imaginar como deve ser a rotina deles. Antes de médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem, entre outros, são seres humanos com suas famílias e suas vidas. Eles estão diariamente focados em salvar vidas, por esse motivo, os reiterados pedidos de  conscientização, de respeito com a própria vida, com a coletividade e que haja de fato o entendimento de que o momento é crucial para que não haja um colapso na saúde, tanto em relação a falta de leitos como de profissionais na linha de frente da pandemia.

Em reconhecimento à importância destes profissionais em um momento tão delicado na vida de todos nós, muitas homenagens têm surgido ao redor do mundo. Uma delas foi sugerida pela médica pediatra, responsável pela UTI Neonatal e membro do comitê relacionado à Covid-19 e diretora técnica da Santa Casa de Alegrete, Marilene Campagnollo. Ela falou durante uma entrevista ao PAT, que todos os médicos que estão na linha de frente e demais integrantes da equipe, principalmente na UTI Covid-19, onde os casos são mais comuns de contágio, nenhum membro da equipe, até o momento, foi infectado. Esse dado importante, demonstra que ao longo de todos esses meses no combate à pandemia, os profissionais de saúde estão observando rigorosamente as medidas de segurança, de forma muito responsável. Além de ressaltar a qualificação da equipe que desde o início foi orientada em relação aos protocolos de segurança, os equipamento de proteção, a forma de se paramentar e, principalmente, ao retirar o equipamento. Essa conscientização demonstra o extremo respeito dos profissionais da linha de frente do Hospital.

Em muitos casos há uma preocupação muito grande em relação às pessoas que estão trabalhando na Santa Casa, mesmo que não seja diretamente na ala Covid-19. Mas o que a população e até mesmo os profissionais têm que ter muito presente, é que não é só naquele ambiente que há riscos. Por esse motivo as ações e atitudes fora do ambiente de trabalho são determinantes.

 

Flaviane Antolini Favero