DJ raiz monta discoteca na própria casa e mantém vivo o hobby preferido em Alegrete

O alegretense Cecílio Aírton Ceccon Serpa, aos 56 anos, cultiva o hobby de colecionar LP’s, fitas-cassete e milhares de CD’s. O mais interessante é que ele acabou montando uma boate na própria residência.

Com pista de dança iluminada e um sistema de som que é uma verdadeira relíquia, o lugar virou o ponto de encontro dos amigos do filho e das amigas da mãe.

Ele conta que tudo começou  nos anos 80 pela influência das amizades. Ele tinha alguns amigos que eram DJs e também por ter o gosto de escutar música.

Com a cabeça sempre ligada nas melhores músicas, Cecílio diz lembrar quando ganhou seu primeiro som, o popular 3×1, na época era xodó, rádio, toca fita e disco. “Ainda lembro que sempre estava ligado nas melhores FMs da cidade e atento para gravar as melhores nas fitas cassete”, recorda.

 

Nas frias noites de inverno sintonizava a Rádio Atlântida de Santa Maria, que tocava as melhores músicas e também as vinhetas das programações e lançamentos, tudo isso fascinava o alegretense.

A ideia de construir uma boate em casa passou por uma série de acontecimentos. O primeiro foi o gosto pela música que acabou oportunizando conhecimento e logo virou uma autêntico DJ.

Relembra com nostalgia das festinhas na Escola Polivalente onde estudou e depois por intermédio do amigo Jerry, DJ na época, que comprava discos para tocar na badalada boate dos Subtenentes, e emprestava para ele gravar nas fitas e escolher as melhores. “Quando dava eu ia para ficar olhando ele tocar. Na época era só disco de vinil”, conta Cecílio.

Num belo dia, ou melhor numa das festas no Sub, ele foi surpreendido pelo DJ Jerry, que saiu da festa e pediu para ele ficar no lugar dele que já retornava. “Lembro que só me deixou em seu lugar enquanto ia no banheiro. Passaram-se horas e ele não voltava. Foi um desafio e tanto. Mas aprendemos um pouco”, lembra aos risos o então DJ Cecílio.

 

Confira uma prévia do Dj Cecílio diretamente da sua boate particular:

 

Daí em diante foi uma sucessão de festas com ele dando uma palinha. Tocou em uma boate que funcionava na General Sampaio e depois no Clube Juventude.

Depois de um longo período, começou a trabalhar no comércio e acabou abandonando a função de DJ. “Eu não tinha equipamentos, só trabalhei nos clubes”, explica.

 

Cecílio conta que sempre gostou de fazer as pessoas dançarem e curtirem algumas músicas nas festas dos amigos. Virava DJ no dia anterior às festas. Num certo dia, estava de férias em Porto Alegre onde entrou em uma loja que vende equipamentos.

Acabou adquirindo equipamentos profissionais e deu início a montagem de uma autêntica boate na própria casa. Costuma chamar de salão de festas onde recebe alguns amigos e familiares.

Cecílio e a esposa Tânia Serpa aproveitam o espaço em época de pandemia ensaiando alguns passos com muita música dos tempos da Discoteca. O DJ Cecílio comanda o espetáculo com os melhores hits. Muitos são aqueles que ele costumava escutar nas rádios locais e na Atlântida.

“Já realizei muitas festas aqui. O melhor são as amizades, eles adoram quando as luzes se acendem”, brinca.

 

Júlio Cesar Santos