A Covid-19 nem foi embora e pesquisas revelam a probabilidade de surgir outra pandemia

É apenas uma questão de 'quando' e não de 'se' a próxima vai surgir", diz virologista Camila Malta Romano.

O Coronavírus não é o primeiro causador de uma pandemia, a história da humanidade é marcada por várias, que assim como a Covid, dizimaram milhares de pessoas e mudaram a vida de todos, entre elas estão: a Tuberculose (1850-1950), Varíola (primeiro surto em 430 a.C), Gripe Espanhola (1918-1920) e Peste Negra (1347-1353).


Com a Covid-19 ativa há mais de um ano, percebeu-se que não é nada fácil lidar com uma pandemia, que as consequências são enormes e a luta é cansativa. Pesquisadores, com o intuito de preparar a população mundial para uma próxima, calcularam a probabilidade de isso acontecer. E os resultados não agradam todos.


Os cientistas afirmam que a quantidade de novos patógenos vem crescendo cada vez mais e se espalhando pelos humanos, como a variante do próprio Coronavírus. Com uma análise detalhada do registro histórico de epidemias desde o ano 1600 até os dias atuais, foram encontradas 476 epidemias documentadas, com isso, foi determinado que uma nova pandemia, com um nível de impacto parecido com a Covid-19, tenha 2% de chances de acontecer a cada ano, ou seja, cada pessoa tem 38% de chances de contrair a doença.


Para cientistas da Universidade de Princeton, uma das atitudes mais importante para adiar as que estão por vir é investir na preservação de florestas tropicais, pois afirmam que a destruição delas faz com que os animais migrem para a parte urbana, contribuindo com o surgimento de patógenos com alto potencial epidêmico como o HIV e o Ebola.


Segundo Cristina, o que resta é alertar. “Deve-se explicar como proceder e a razão desse procedimento, sem imposições”. Unir a população em torno do inimigo maior – o vírus e suas implicações na saúde, na economia e na sociedade em geral – e não dividi-la e confundi-la absurdamente. ’’ Comenta a integrante do Grupo de Estudos da História das Ciências da Saúde, da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).

Por: Geovanna Valério Lipa

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