A reportagem do Alegrete Tudo entrou em contato na manhã desta segunda-feira(08), com Ivete Salbego Alves. A dona de casa de 54 anos sofreu um acidente na manhã da última quarta-feira(3), ao descer do ônibus que faz a linha Vera Cruz. Uma foto postada no facebook, por uma passageira, teve repercussão e gerou indignação.
Ivete disse que era a quinta passageira a descer e, nesse momento o motorista fechou a porta e arrancou. “Para tentar evitar que ela caísse ou ficasse com a cabeça presa na porta, empurrei com toda força – conta Pedro Zamarchi, esposo de Ivete.
O aposentado de 82 anos, também estava no ônibus e logo que desceu percebeu que não ia dar tempo e agiu rápido. Mesmo assim, não evitou que ela ficasse com o braço e a perna presos na porta.
Neste instante, a filha do casal Natali de 14 anos estava chegando na parada para auxiliá-los com as compras, viu a cena e começou a gritar e a bater no ônibus para que o motorista parasse. Os passageiros também o alertaram. Assim que parou e abriu a porta, Ivete caiu e bateu as costas e os braços na escada. Ela também bateu a perna e a barriga, e não lembra bem como foi, acredita ter sido na porta. Testemunhas relatam que não é apenas a catraca que provoca situações como essa, mas a pressa dos motoristas quando estão atrasados. Como o incidente que ocorreu recentemente com a professora que ficou machucada por estilhaços de uma janela, que estourou ao ser atingida por um galho de árvore em uma ultrapassagem irregular, feita pelo motorista.
Os Bombeiros foram acionados pois o SAMU estava atendendo uma outra ocorrência. Ela foi encaminhada até a Santa Casa, passou por exames e não houve fraturas, mas muitas escoriações.
“Não consigo chorar, comer e quando durmo acordo assustada” – relata Ivete. Desde que aconteceu o episódio teve que retornar à UPA mais duas vezes, devido as dores fortes.
O esposo comenta que na última vez, o médico plantonista atestou que ela esta depressiva e também precisa de cuidados na parte emocional.
Eles moram no bairro Vera Cruz e o incidente foi na parada próximo ao Armazém e fruteira Verde.
A empresa entrou em contato com a família, mas até o momento não houve ajuda financeira e as despesas estão sendo todas por conta do casal.
O sustento da família é baseado na aposentadoria de Pedro, que mostrou recibos de gastos que está tendo também com o táxi, pois devido ao trauma e as dores fortes que dificultam Ivete de se locomover ela não pode andar de ônibus.
A reportagem entrou em contato com a empresa que até o momento desta postagem 14h40min, ainda não havia se manifestado.
O STU emitiu uma nota relacionada ao caso. Segue abaixo:
O STU, em nome de suas empresas associadas, Vaucher Cia Ltda e Nogueira Transportes, vem esclarecer que os comentários veiculados nas redes sociais, trazem seu conteúdo distorcido, ou seja, não são verdadeiros. O incidente noticiado ocorreu por negligência dos operadores da linha (motorista e cobrador) , que já foram advertidos pela empresa, mas o fato ocorrido não foi causado pela segunda catraca como anunciado.
O STU coloca-se à disposição para todos os esclarecimentos que se fizerem necessários.
Atenciosamente
Cristina Aurélio
Assessora de Comunicação STU