Ação Social e parceiros trabalham para devolver a Praça Nova à população

O trabalho social em relação à Praça General Osório não é de agora, porém, com os últimos episódios em que um jovem sofreu uma tentativa de assalto, durante a madrugada, o assunto se tornou quase viral nas redes sociais.

Ação Social e parceiros trabalham para devolver a Praça Nova à população
Ação Social e parceiros trabalham para devolver a Praça Nova à população

Muitas pessoas questionam o fato do local ser ocupado por pessoas que, na maioria, ficam nas imediações da sinaleira para malabares e, dali, arrecadam valores.

Em contato com a Secretária de Assistência Social, Iara Caferati, a realidade sobre a situação fica mais objetiva. Ela destacou o trabalho que vem sendo realizado pela ronda social e também falou sobre a ação que aconteceu no último domingo pela manhã(30).

Ação Social e parceiros trabalham para devolver a Praça Nova à população
Ação Social e parceiros trabalham para devolver a Praça Nova à população

“No sábado(29), a equipe da ronda social esteve na Praça e conversou com os indivíduos que estavam no local. Eles foram identificados e ofertada várias formas de auxílio. Já no domingo, por iniciativa da Secretaria de Assistência Social com o apoio do Samu Mental e da Brigada Militar, uma ação fez a retirada total de todos que estavam na Praça”- falou a Secretária Iara Caferati.

Números crescentes da Covid: três óbitos e 172 casos positivos nesta segunda-feira

Ela explicou que havia muito lixo, eles estavam com facas artesanais, também, tinham um acampamento que só auxiliava para que as madrugadas aquele espaço servisse para o aglomeração de inúmeros indivíduos entre os que realizavam os malabares e os que estão fazendo uso de drogas e, por esse motivo poderiam cometer crimes.

Ação Social e parceiros trabalham para devolver a Praça Nova à população
Ação Social e parceiros trabalham para devolver a Praça Nova à população

“Foi uma longa conversa em que destacamos todo auxílio do Município como: tratamento no Caps AD, Casa de Passagem, onde atualmente, há 16 pessoas acolhidas, além de passagem para os que desejavam retornar para suas cidades. Sendo assim, dos 10 identificados, quatro foram para Santiago na manhã de segunda-feira, outros quatro aceitaram acolhimento na Casa de Passagem e, dois, que são de Alegrete e mais resistentes, saíram do local, entretanto, não aceitaram ajuda.”- comenta.

A Secretária disse que, Alegrete tem apenas um morador de rua, que é um jovem. Este, não aceita auxílio, prefere a rua e não tem familiares. Já os outros dois que são da cidade e estavam na Praça, são pessoas que, embora tenham até mesmo benefício do governo, família e acolhimento, se recusam cumprir regras.

Alegretenses querem anulação da prova para concurso da Brigada Militar

A Casa de Passagem, hoje atende 24h, separamos as pessoas que estão na cidade de passagem, para os que ficam em razão da Casa. Isso é muito importante, mas tudo precisa ter regras. Não podemos receber indivíduos que já tenham oferecido riscos aos demais, embriagados ou que desejam consumir bebida alcoólica no interior da Casa, que sejam agressivos ou que estejam com algum produto sem procedência. A maioria não aceita regras – pontua a Secretária.

Ação Social e parceiros trabalham para devolver a Praça Nova à população
Ação Social e parceiros trabalham para devolver a Praça Nova à população

Neste sentido, ela se emocionou ao descrever que o trabalho da Assistência Social também é responsável por salvar vidas. Desta forma, lembrou que há cerca de três meses, em uma das ações na Praça General Osório, um senhor estava caído e, durante o atendimento de resgate uma jovem se aproximou e disse que ele era seu pai. Dependente do álcool, ela e a mãe precisaram sair de casa em razão dos indivíduos que passaram a frequentar o local. Neste dia, o homem foi resgatado e passou por um período internado na Santa Casa e posteriormente por tratamento, que segue até o momento e a família pode retornar para o lar.

Alegretense fatura título inédito no Redomão na Lagoa, em Aceguá, e quebra recorde

Uma outra observação que a Secretária fez, foi que o trabalho precisa ser em conjunto. Em muitos casos, os indivíduos que estão pedindo dinheiro nas sinaleiras são andarilhos, se eles não têm resposta, acabam saindo. A diferença que muitos destacam que estão ali recebendo valores, que usam na grande maioria para uso de ilícitos e, em tese, para eles o local seria público. Porém, embora seja público é preciso ter o entendimento de que deve ser compartilhado com toda a comunidade que deixou de frequentar o local em razão do receio e por se sentirem intimidadas.

Bombeiros localizam corpo de homem no Rio Inhanduí

“As ações vão continuar. Todos os dias a Ronda Social é feita e o trabalho de identificação e tentativa de acolhimento é feita. Mas é preciso que as pessoas também colaborem, os que estão na sinaleira, de Alegrete, que são dois indivíduos, não precisam de valores para o sustento, eles têm casa e também podem realizar o tratamento através da rede de saúde do Município. Os demais são andarilhos” – explica.

Se inscrever
Notificar de
guest

0 Comentários
Comentários em linha
Exibir todos os comentários