Agora a alegria de Léo vai contagiar os anjos do Senhor

A morte de um filho é geralmente descrita como um dos acontecimentos mais dolorosos na vida de alguém. O sofrimento vivido pelos pais, independentemente da idade do seu filho morto, é dilacerante. Se comparado à dor sentida pela morte de uma outra pessoa da família, é extraordinariamente intenso.

A morte de um filho, pequeno ou crescido, torna-se, assim, em quase todas as culturas, a mais absurda das mortes, aquela a que alguns chamam mesmo de “a morte antinatural”, ou a que fica para além de toda a ordem natural da vida.

Desta forma, fica a solidariedade à família do guerreiro Léo.

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Depois de muita luta, Leonardo dos Santos Bastos, de 9 anos, não resistiu a uma parada cardíaca nesta manhã(8), e faleceu em Santa Maria onde estava internado há quase três semanas. A batalha de Leo, começou em outubro, quando sentiu uma forte dor na perna e foi levado à Upa. Ele foi diagnosticado com apendicite e passou por cirurgia. Só que, enquanto estava internado, de acordo com os pais, Rosy e Jefferson, pegou uma pneumonia e nunca mais melhorou.

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Desta forma, Leo foi transferido para Santa Maria onde recebeu o diagnóstico de derrame pericardiário e água no pulmão. Passou por uma cirurgia ontem, mas nesta manhã não resistiu a uma parada cardíaca. A prima Amanda falou com a reportagem e disse que todos estão em choque, pois ele foi muito guerreiro.

Ela descreve que Léo sempre foi muito otimista e espiritualista, ele tinha muita Fé e passava sua força a todos. “Ele foi tão forte e guerreiro. Era calmo e bondoso. O Léo era amado por todos, uma criança humilde e sempre de bem com a vida nem nos piores momentos de dor não demonstrava fraqueza. Léo foi o legítimo guerreiro. Os anjos estão felizes porque Deus precisava de mais um guerreiro pra vencer batalhas no céu. Pois ele jamais demonstrou dor ou desânimo mesmo estando debilitado, sempre teve muita força e coragem. Léo foi forte o tempo todo” – disse Amanda.

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Ele deixa mãe Rosy Santos, pai Jefferson Bastos e irmão Jieberson, além dos sobrinhos. Era o caçula e por onde passou deixou sua energia de paz e amor. Nas redes sociais, muitas homenagens e mensagens de amor e carinho a ele e aos pais e irmão.

A família agradece a todos que colaboram de alguma forma durante o período em que estiveram em Santa Maria, pois saíram daqui, desempregados, mas com muita garra e esperança apenas em busca do tratamento do gigante Léo que foi sempre único com sua grandiosidade como ser humano por todo amor que transbordava. A família também agradece de forma especial ao Dr Bebeto que não dispensou cuidados ao Leo enquanto esteve aqui em Alegrete.

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As últimas homenagens estão acontecendo na Funerária Paraíso, na rua Maximino Marinho, perto do cemitério. O sepultamento está programado para às 9h de quarta-feira(9), no Cemitério Municipal de Alegrete.

 

Flaviane Antolini Favero