Alegrete perdeu o fotógrafo mais antigo em atividade, Valdir Machado, 74 anos, que morreu ontem dia 28 de setembro.
Uma história marcada pela arte de fotografar, desde os tempos em que só existiam as fotos em preto e branco.
Muitos aprenderam a arte de fotografar com Valdir, um em especial, Derly Ribeiro Soares. Conta que para ele o experiente fotógrafo foi um mestre: “Iniciei aos 12 anos com ele, cobrando notas na rua. Depois fui, de curioso, aprender a revelar filmes, no escuro do laboratório em preto e branco”.
A família recebeu com muita tristeza a partida de Valdir. “Foi ele que ensinou os primeiros passos da fotografia ao meu esposo, comenta a professora, Cleide Guterres. Somos muitos gratos a ele, a sua família, e sempre o reconheceremos como um mestre”.
Ele gostava de registrar a sua cidade. Eternizou em fotos locais, a história de Alegrete. Era o fotógrafo que registrava quem cruzava a linha de chegada do Jóquei Clube, na penca do boi. Amava fotografar o Ibirapuitã e vários outros pontos de Alegrete.
Todos os sábados, pela manhã, expunha sua galeria de fotos antigas num varal ao ar livre no Quiosque.
Derli fala da amizade e gratidão. “Perdemos mais que um amigo. Um homem íntegro, que sabia captar o essencial aos olhos, que se revela em fotografias. Se hoje sou fotógrafo é porque aprendi com ele, e meu filho Derly Jr. aprendeu comigo, o que o Valdir me ensinou na década de 70”, destaca.
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