Alegrete registra redução na violência doméstica e agressores já usam tornozeleira eletrônica

O ano de 2024 registrou uma retração nos casos de violência doméstica. Os números de ocorrências deste tipo de crime foi de 249 boletins registrados, sendo que 171 seguiram com atendimento na rede de proteção após o registro.

Atualmente, quatro agressores estão usando tornozeleira eletrônica no município em razão de cometerem violência doméstica. O projeto implantado no ano passado, é uma iniciativa do Comitê Interinstitucional de Enfrentamento à Violência contra a Mulher – EmFrente, Mulher, sob a coordenação do RS Seguro, com objetivo de desenvolver uma estratégia pública padronizada para aperfeiçoar a rede de monitoramento de casos de violência doméstica no Estado.

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A iniciativa ainda agrega ao sistema de Justiça uma solução tecnológica que possibilita duplo monitoramento, tanto do agressor (tornozeleira eletrônica) como da vítima (telefone celular), contemplando o uso e cruzamento de tecnologias já existentes.

De acordo com dados dos indicadores de violência doméstica – Lei Maria da Penha, divulgados mensalmente pela Secretaria de Segurança, Alegrete registrou um caso de feminicídio tentado no ano passado. 182 mulheres sofreram algum tipo de ameaça e 125 apresentaram algum tipo de lesão corporal. Conforme a polícia, foram 7 casos de estupro. Num comparativo com 2023, a violência diminui. Entre ameaças e lesões corporais, o ano de 2023 contabilizou 350 registros policiais. Foram dois feminicídios no município e seis tentativas.

Daniela Haerter que coordena serviços no CRAS, o trabalho segue de atendimento aos homens infratores designados pelo judiciário e também o acompanhamento de crianças e adolescentes vítimas ou testemunhas de crime de violência doméstica. Já o CRAM, desde julho de 2023, assiste às mulheres vítimas de violência. “Esse trabalho intersetorial que se complementam no combate a violência doméstica no município”, destaca a profissional.

Para a Coordenadora da rede, Promotora de Justiça Rochelle Jelinek, as questões que circundam a violência doméstica vão muito além da punição criminal do agressor, pois a causa-raiz do problema está na desestruturação familiar, no alcoolismo, dependência emocional e financeira, não ter onde deixar os filhos, entre outras, daí a importância de toda a comunidade saber encaminhar as vítimas para buscar orientação e apoio no CRAM e não na Delegacia de Polícia.

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