Alegrete segue na bandeira vermelha; Governador mantém o alerta devido ao aumento de casos positivos e internações

Governo divulgou a classificação nesta sexta-feira (4/12) e recebe pedidos de reconsideração até domingo (6/12). Alegrete mantém a bandeira vermelha pela terceira semana consecutiva. Mas o alerta para uma possível bandeira preta, permanece em várias regiões, inclusive a Região 03.

Apenas uma região não foi classificada com alto risco epidemiológico no mapa preliminar da 31ª rodada do Distanciamento Controlado. A região de Taquara e seus oito municípios receberam bandeira laranja (risco médio). Todo o restante do Rio Grande do Sul aparece em vermelho na divulgação feita pelo governo nesta sexta-feira (4/12).

Veja a classificação prévia da 31ª rodada: https://distanciamentocontrolado.rs.gov.br

A cor predominante do mapa preliminar reforça o alerta emitido há semanas pelo governador Eduardo Leite, devido à mudança do cenário de estabilização para aumento de internações por Covid-19 no Estado, e que foi ampliado por meio de decreto. Publicado na segunda-feira (30/11), o documento traz medidas válidas por 14 dias, como a suspensão do sistema de cogestão do Distanciamento Controlado, para unificar as restrições e obrigando todos os locais com alto risco epidemiológico a segui-las para conter a contaminação, e alterações em protocolos de bandeira vermelha.

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“Precisamos reforçar a necessidade de cuidados e reduzir a circulação de pessoas e conter a propagação de coronavírus no RS. Agora, o que queremos é que as pessoas se encontrem menos, em festas e confraternizações, ou mesmo em parques e locais públicos, onde tendem a se cuidar menos. Não é hora de aglomerações. Reduzir contatos é muito importante nesse momento, porque quebramos o ciclo de contágio”, afirmou Leite ao anunciar as medidas.

No mapa preliminar anterior, todas as 21 regiões Covid apareceram, pela primeira vez, em vermelho – depois, a análise do Gabinete de Crise acatou dois pedidos de reconsideração e o mapa definitivo ficou com 19 em alto risco. Nesta rodada, foram 20 bandeiras vermelhas no cálculo prévio, mas não quer dizer que houve melhora. Pelo contrário.

Para o total do Rio Grande do Sul, houve piora em todos os indicadores. Entre as maiores variações estão o número de casos de Covid-19 ativos (aumento de 20%), os internados em leitos clínicos com Covid-19 registrados nos últimos sete dias (+15%) e os óbitos nos últimos sete dias (+29%).

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As regiões com maior número de novos registros de hospitalizações na semana, por local de residência do paciente, são Porto Alegre (267), Caxias do Sul (162), Passo Fundo (111), Novo Hamburgo (92), Pelotas (76) e Canoas (73).

Contabilizando os pacientes internados por outras causas nesta semana, houve praticamente estabilidade no número de leitos de UTI ocupados. Com a manutenção do total de leitos e o aumento de 3% nos pacientes confirmados internados em UTI, houve nova redução da razão de leitos livres para cada ocupado por Covid-19, chegando ao menor nível desde o início do Distanciamento Controlado: 0,62.

O governo do Estado já anunciou que serão abertos mais 113 leitos nos próximos dias, totalizando 1.986 leitos de UTI SUS adulto – aumento de 113% ao total antes da pandemia, que era de 933 unidades.

Até as 6h de domingo (6/12), municípios e associações ainda podem enviar pedidos de reconsideração ao mapa preliminar para o governo através do formulário https://forms.gle/jX5T1sQA6Djnh5xE8. Depois de analisados pelo Gabinete de Crise na segunda-feira (7/12), receberão as bandeiras definitivas, vigentes de 8 a 14 de dezembro.

Alertas

A equipe que monitora os indicadores do modelo de Distanciamento Controlado chama atenção para a contínua redução de leitos livres de UTI para atender Covid no Estado.
Há duas semanas, havia 626 leitos de UTI livres para pacientes contaminados pela Covid-19. Na semana passada, eram 522 e, nesta semana, o número caiu para 496.

Já são duas semanas consecutivas que o indicador da Mudança da Capacidade de Atendimento, mensurada no Estado, apresenta taxas de variação negativa.

Texto: Vanessa Kannenberg e Suzy Scarton
Edição: Marcelo Flach/Secom