Alegrete vai receber R$ 225 mil para o centro de triagem no combate ao coronavírus

Governador Eduardo Leite anunciou repasse do Ministério da Saúde nesta quinta-feira (26). Também na quinta, ele respondeu, em transmissão na internet, aos questionamentos sobre as medidas de isolamento durante o coronavírus.

Os municípios do Rio Grande do Sul receberão R$ 32,4 milhões para a organização de centros de triagens para pacientes suspeitos de coronavírus, a fim de evitar contato direto com outras pessoas em atendimento.

O anúncio foi feito nesta quinta-feira (26), pelo governador do RS, Eduardo Leite, após videoconferência com 20 prefeitos e com a secretária de Saúde, Arita Bergmann.

“Assim poderá haver mais fôlego aos estados para repassar recursos aos municípios em questões como programas de transferência de renda para população vulnerável”, informou o governador.

Os 20 prefeitos que estiveram presentes na reunião online já ficaram sabendo dos valores a serem recebidos. São eles:

  • Alegrete: R$ 225 mil
  • Bagé: R$ 365 mil
  • Camaquã: R$ 200 mil
  • Campo Bom: R$ 197 mil
  • Caxias do Sul: R$ 1,5 milhão
  • Esteio: R$ 250 mil
  • Gravataí: R$ 835 mil
  • Guaíba: R$ 211 mil
  • Ijuí: R$ 252 mil
  • Lajeado: R$ 248 mil
  • Montenegro: R$ 194 mil
  • Passo Fundo: R$ 604 mil
  • Santa Rosa: R$ 219 mil
  • Santana do Livramento: R$ 237 mil
  • Santo Ângelo: R$ 234 mil
  • Sapiranga: R$ 240 mil
  • Uruguaiana: R$ 379 mil
  • Vacaria: R$ 197 mil
  • Venâncio Aires: R$ 215 mil
  • Viamão: R$ 761 mil

Os outros R$ 24,8 milhões serão distribuídos aos demais 477 municípios.

O Rio Grande do Sul tinha, até a tarde de quinta-feira (26), 162 casos confirmados de Covid-19, e um registro de óbito, em Porto Alegre.

‘O que se impõe é o cuidado com a vida’

Em conferência diária nas redes sociais, o governador Eduardo Leite voltou a reforçar a importância do isolamento social e rejeitou flexibilizar as medidas adotadas pelo menos até a sexta-feira da semana que vem, dia 2 de abril.

Ele respondeu a uma nota assinada em conjunto por entidades como Farsul, Fecomercio e Fiergs, que pediam “o retorno gradativo das atividades econômicas”.

“Todo o relaxamento das restrições deve ser feito com base em dados e evidências científicas e que deem segurança para essas decisões e encaminhamentos”, pontuou Leite. “Tenho a mesma preocupação de empresas, de negócios, mas o que se impõe agora é o cuidado com a vida.”

O governo está acompanhando não somente a evolução dos casos positivos da doença, mas também a demanda por internações, tanto em leitos clínicos quanto em leitos de UTI.

“Para acompanhar a informação, cruzando esses dados, e compreender se a evolução do coronavírus está dentro da média mundial, do Brasil, e assim entender se podemos fazer a abertura, lenta e gradual de atividades do comércio e outras restritas no estado”, ressalta.

O governador lembrou que não há paralisação completa das atividades econômicas no RS.

“O decreto não proíbe atividades industriais e construção civil. Devem respeitar o uso de equipamentos de proteção, higiene e menor contato entre trabalhadores, mas não são proibidas. Determina revezamento, escalas, até redução de jornadas”, disse.

Pesquisa de itens sobre o coronavírus

Na transmissão, Leite também anunciou uma série de medidas administrativas, como suspensões de prazos para intimações e para protesto de dívidas. A lista completa pode ser conferida aqui.

Ainda informou que o aplicativo Menor Preço Nota Gaúcha, que monitora os preços do varejo gaúcho e é utilizado para encontrar os estabelecimentos mais baratos, será ajustado para facilitar a pesquisa de itens de prevenção ao Covid-19, como álcool em gel e itens de higiene. O acesso à ferramente não precisará mais de senha, como é atualmente.

E o governo também abrirá 95 novos leitos de cuidados prolongados em hospitais do interior.

Fonte: G1