Alegretense tem poema publicado na Coletânea Infinitamente Mulher

Além de ser uma forma de entretenimento, a leitura é uma ótima maneira de aumentar seu conhecimento e vários estudos recentes indicaram benefícios cognitivos entre aqueles que mantém o hábito de ler regularmente. Esta tem sido uma das opções de muitas pessoas que estão passando por esse momento de isolamento social. Para os amantes da leitura e, também para os que usam a falta de tempo como desculpa, o período de reclusão tem sido convidativo.

Nas últimas semanas, a população e os governos de todo o mundo têm dedicado esforços para frear o rápido avanço da pandemia de Covid-19, que já matou mais de 17 mil pessoas e infectou ao menos 395 mil, em 169 países.

Além do receio de um colapso na saúde, mortes e a corrida para tentar frear esse, que é um inimigo invisível, também há problemas econômicos. A imposição de isolamento social, necessária para achatar a curva de transmissão do vírus, mudou radicalmente o cotidiano de milhões de pessoas ao redor do mundo. Para reforçar ainda mais essa ideia, o PAT conversou com uma alegretense que é poetiza e lançou recentemente um livro.

Antes de ser decretado estado de Emergência ou Calamidade Pública em muitos municípios da região, ocorreu em Santiago, no dia 09 de março, no Auditório Caio Fernando de Abreu, o lançamento do livro Infinitamente Mulher volume 9.

Uma organização da Casa do Poeta de Santiago, Centro Materno Infantil e Secretaria Municipal de Educação, Esporte e Cultura. A coletânea anualmente reúne talentos femininos da “Terra dos Poetas” e tem na escrita a forma de expressar seus anseios, emoções, desejos e tudo aquilo que está em seu interior explanando suas ideias. São contos, crônicas e poesias que refletem o universo de cada uma.

Entre as escritoras de Santiago, está a alegretense, Marcele Favero Almeida, que participa do livro desde o terceiro volume. Ela ressalta que é um projeto muito lindo e significativo que foi realizado para homenagear às mulheres pelo seu dia, 8 de março.

Este ano, foi publicada uma poesia de sua autoria em homenagem ao avô Hugo Favero que, além de ser amigo, parceiro e avô, também foi um segundo pai. Ela residiu com os avós, Santa Favero(in memoriam) e Hugo Favero(in memoriam) até os seus 15 anos.

Ele faleceu em agosto do ano passado, em Alegrete. Porém, sua vida foi toda em Santiago, Hugo, estava há seis meses residindo com as filhas na 3ª Capital Farroupilha, quando foi acometido de uma pneumonia.

Marcele acrescenta, com realização, emoção e felicidade que o avô adorava ler, escrever e incentivava muito a leitura de grandes escritores. Também era um admirador dessa Antologia “Infinitamente Mulher”. Ela sente-se orgulhosa em constar no livro algumas palavras que refletem o quanto seu avô significou.

A jovem escreve há anos e relembra que seu primeiro poema, sobre a vida, quando tinha mais ou menos 7 anos. A poetiza estava em um restaurante com seus pais(Carlos Almeida e Jaida Favero) e começou a escrever.

A alegretense já recebeu convite da Casa do Poeta de Santiago para lançar seu próprio livro, mas reafirma que tem muitas ideias e estão nos planos futuros, não agora – sorri.

“Escrever é dialogar com o pensamento. Que as palavras sejam agentes transformadores no universo de emoções contidos em cada ser.”- citou.

Além de Santiago o livro, também, é lançado na Feira do Livro de Santa Maria e na Feira do Livro de Porto Alegre, todos os anos. A alegretense contou que as escritoras recebem todo o incentivo e apoio para participar de todos os eventos realizados durante o ano.

 

Flaviane Antolini Favero