Alegretenses pelo mundo em plena Pandemia: o relato é de um estudante de medicina que vivenciou o caos em Buenos Aires

Depois que iniciou a pandemia do Coronavírus, já relatamos inúmeros depoimentos de alegretenses que moram em países distantes. São conterrâneos nossos que estão fora da cidade e estão compartilhando suas experiências com nossos leitores.

Desta vez, a narrativa é de Pablo Rodrigo da Silva Almeida de 37 anos. Há dois anos residindo em Buenos Aires, Pablo saiu do País devido à pandemia. Ele é estudante de medicina e retornou para Alegrete no início de abril.

Ele compartilhou um pouco do sufoco que passou para sair da Argentina e como tudo aconteceu, assim que os primeiros casos da Covid-19 foram detectados. Pablo lembra que estava na casa de um amigo e os dois conversavam sobre o vírus, mas tudo ainda parecia muito distante. A projeção era para que o vírus pudesse contaminar alguém em 15 dias ou mais. Os relatos e toda a avaliação sobre o assunto era feita através das redes sociais. O alegretense sempre busca sites com referência para checar informações.

Porém, o que o Pablo destaca é que em menos de quatro dias, Buenos Aires já estava um caos. O isolamento social, o terror que todos estavam vivendo começou a impactar nos supermercados, prateleiras vazias. E, se alguém pensasse em desrespeitar o isolamento, a polícia e o Exército estavam nas ruas para fazer cumprir as determinações.

O alegretense ressalta que era sabido por alguns, que a ordem era para atirar caso houvesse muita resistência. Com tudo isso, Pablo recorda que ficou em pânico e já visualizava que logo as coisas iriam ficar ainda mais difíceis. “Eu sabia que a falta de comida para muitos, era questão de tempo, hoje acompanho o que está acontecendo lá, através de conversas com amigos e sei que a situação é desesperadora para muitos.

Ao perceber que teria que sair de lá o mais rápido possível, me deparei com a fronteira fechada e um rigoroso critério para conseguir sair. ” Falei com pessoas influentes que são meus amigos para ver como teria que agir. Falei em fugir, pois naquele período era pavoroso estar em um pais, sem família e saber que a situação financeira ficaria caótica. Mas fui alertado que poderia terminar em tragédia uma ação assim. Então, recorri ao Consulado e fiz um apelo. Desta forma, consegui sair em um ônibus que trouxe mais de 30 brasileiros. Quando cheguei aqui, ciente da minha responsabilidade, fui direto para o interior onde fiquei em isolamento por mais de 20 dias. Isto tudo por prevenção, não poderia colocar minha família, amigos, filha, entre outros em perigo” – citou.

Pablo destaca que está sempre estudando e se atualizando sobre o vírus. Além de ser algo importante para ele e para a profissão que escolheu. Ele citou que a OMS informou que o vírus pode virar um surto endêmico, em que a população vai ter que conviver com ele por muito tempo. O alegretense reitera que a fonte mais segura sempre será a OMS e que recentes pesquisas também avaliaram que as pessoas com problemas cardiovasculares foram as mais afetadas e provocaram o maior número de óbitos.

O alegretense ressalta que as medidas adotadas estão corretas e são necessárias. Ele também enviou uma pesquisa para entender como se deu a origem do vírus.

Para entender melhor o “coronavírus Síndrome respiratório agudo grave 2” ( SARS – CoV – 2)

Vamos ver a linha do tempo e a cronologia dos fatos onde tudo aconteceu..

Dados e sites confiáveis.
world health organization( Organização Mundia da Saúde)

Primeiro caso
A pessoa não teve contato com o mercado de wuhan, tinha Alzheimer e não saia de sua casa. Em 8 de dezembro primeiro caso de pneumonia de causa desconhecida registrado no hospital de Wuhan.

10 de Dezembro
Aparecem mais casos relacionados ao mercado de mariscos de wuhan. Todos os casos estão relacionados ao mercado de Mariscos de Wuhan.

12 de Dezembro
As autoridades sanitárias de wuhan consideraram a propagação do coronavírus. Porém, o governo não estava notando.

26 de dezembro
A médica especialista Zhang Jixian 54 anos diretora do Departamento respiratório, recebeu um casal de idosos, ambos estavam com febre alta, ela verificou a tomografia de seus pulmões, encontrou algo incomum. Foi a primeira a detectar o vírus.
 27 de Dezembro
O hospital de Wuhan comunica ao Centro clínico de controle e prevenção de Wuhan e autoridades não escutaram.

28 dezembro
O Hospital anuncia um novo vírus na cidade de Wuhan e no dia seguinte, o centro de controle e investigação vai até o hospital de Wuhan e a província Hubei ver a propagação do vírus.

30 de dezembro
As autoridades sanitárias Wuhan avisam os hospitais .O Dr. Li Wenliang adverte os grupos de médicos sobre a epidemia. Já no outro dia a comissão de saúde adverte as pessoas de Wuhan a usarem máscaras.
O canal de televisão CCTV começa a dar as notícias para o país de um vírus desconhecido.
Início de janeiro, as autoridades entram no mercado de mariscos e procuram animais contaminados. 24h depois descartam a enfermidade que seja gripe de aves, ou algum coronavírus já conhecido. Dr. Li e outros sete médicos foram repreendido por colocarem evidências falsas.

Mas no dia 5 de janeiro o alarme de emergência é acionado e é detectado um novo tipo de coronavírus.

8 de janeiro

O centro de saúde dizia que não havia evidências que podia dar transmissão entre pessoas. Falavam que não é mortal como (sarcs), já no dia nove a primeira morte e no dia seguinte Dr. Li, tem o sintoma. Este médico morreu pouco tempo depois. E o vírus se espalhou pelo mundo.

 

Flaviane Antolini Favero