Antes de morrer, garoto de 10 anos pergunta ao pai: “Promete que vai dar certo?”

O pai do menino desabafou nas redes sociais e diz que vai processar a unidade por negligência.

“Dentro do centro cirúrgico onde eu ainda acompanhei ele até a entrada, ele falou no meu ouvido ‘Papai o senhor promete que vai dar tudo certo e que eu vou voltar pra nossa casa?’.” Esse foi o desabafo do advogado Robert Lincoln da Costa, ao relatar que seu filho, de 10 anos, morreu depois de uma cirurgia em um hospital de Manaus (AM).

Nas redes sociais, as publicações do advogado ganharam força e várias pessoas compartilharam os posts e lamentaram o ocorrido. No perfil dele, muitos se sensibilizaram com o caso e relataram também outras situações semelhantes na mesma unidade de saúde, o Hospital Rio Amazonas do Hapvida.

O menino tinha sopro no coração e a equipe médica, segundo o pai, garantiu que a cirurgia seria tranquila e duraria cerca de três horas. A cirurgia levou mais de 10 horas. A criança não resistiu e morreu na sala de cirurgia.

“Eu tive que invadir o centro cirúrgico 3 vezes, porque não tinha notícias e eu sabia que havia algo grave, o coração de pai me avisou”, relatou em sua postagem do Facebook.

 

Acompanhe uma das postagem do pai em sua rede social:

Os médicos me prometeram antes da cirurgia que iriam salvar meu filho! Fiz uma série de perguntas e respostas antes da cirurgia para todos. Me deram garantias que a cirurgia era simples e iria dar certo e perguntei se caso o coração não reagisse na hora da retirada da circulação extra corpórea o que poderia ser feito e eles me garantiram que haviam drogas pro coração, choque, manobras e procedimentos que iriam fazer o coração do meu filho voltar a bater espontaneamente ou com auxílio de marca passo e que em seguida meu filho iria passar alguns dias na UTI até ser extubado. O anestesista que não recordo o nome também me garantiu que tudo iria dar certo. O médico me disse que a cirurgia iria iniciar a partir de 8h30min e que até 12h devolveria meu filho vivo. Antes de autorizar a cirurgia eu questionei se era garantido o coração voltar a bater e eles disseram que SIM. EU ESTOU COM TANTO ÓDIO NO CORAÇÃO. ESTOU REVOLTADO COM O QUE FIZERAM COM MEU FILHO. Eu levei meu filho vivo pro hospital e me entregaram ele morto. MEU FILHO ENTROU ANDANDO NAQUELE AÇOUGUE INFERNAL SEM SENTIR NADA ESTAVA ABSOLUTAMENTE BEM. Não foi uma cirurgia de emergência ou urgência. Houve 2 meses de pré operatório e preparo para a cirurgia. Foi uma cirurgia eletiva. Todos os médicos me garantiram o êxito da cirurgia. Eu tive que invadir o centro cirúrgico 3 vezes porque não tinha notícias e eu sabia que havia algo grave, o coração de pai me avisou. A noite quando vieram dar a notícia que meu filho morreu , o médico disse que se não operasse o meu filho iria viver no máximo até uns 20 anos de idade. Porque não me falaram isso antes???? Se eu soubesse não deixaria operar e eu esperava os 20 anos ou até 30. Conheço um amigo o Waisser Heim Botelho Barrozo Waisser Heim Botelho Barrozo que tem sopro no coração e somente um lado do coração trabalha direito e ele convive com o sopro há mais de 50 anos. Todos os médicos choraram comigo antes da cirurgia e me prometeram devolver meu filho salvo e com vida. Mês passado estive pessoalmente com o diretor do hospital e ele se comprometeu em fazer a cirurgia e acompanhar o pós operatório e me disse que seria uma cirurgia aparentemente simples e que duraria umas 2 a 3h e eu perguntei que caso o coração não voltasse a bater se teria risco do meu filho não retornar e ele disse que na hora que religasse o coração ele bateria automaticamente e que também existiam drogas e manobras e procedimentos que fariam o coração bater.

Fonte e informações: Beto Ribeiro repórter