Apesar do cenário, boletim do Irga não aponta perdas nas lavouras em Alegrete

Segundo o boletim da estiagem emitido pelo Irga nesta semana aponta que, apesar do clima, a situação da cultura de arroz irrigado nas seis regiões arrozeiras do Estado vem se desenvolvendo de forma satisfatória.

Foram registradas, até o momento, apenas perdas e deficiências hídricas pontuais. Esses casos se agravam a cada dia, mas poderão ser amenizados se houver chuvas nas próximas semanas.

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Na região de Alegrete, o nível das barragens está muito baixo para esta época do ano, abaixo da média histórica, e nível de rios baixos. Esses níveis dificultam a captação de água pelas bombas porque diminuem o rendimento operacional dos equipamentos.

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Conforme o levantamento, há vários produtores com dificuldade de irrigar suas lavouras. Outras lavouras já cancelaram a irrigação em talhões específicos, priorizando áreas mais próximas aos canais de irrigação. Dificuldade grande também na irrigação da soja. As lavouras de arroz estão todas no estágio reprodutivo.

Esse é o segundo boletim divulgado pelo Instituto Rio Grandense do Arroz sobre a estiagem no RS, referente ao período de 7 a 14 deste mês. Os dados foram elaborados pelo Comitê de Monitoramento da Estiagem do Irga, a partir de informações coletadas junto aos produtores pelas equipes dos Núcleos de Assistência Técnica e Extensão Rural (Nates) da autarquia.

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Os casos mais graves estão localizados na área Central do Estado. Conforme levantamento das equipes da regional, a situação vem se agravando principalmente nas lavouras irrigadas por pequenos rios e arroios, que já apresentam vazão insuficiente para irrigação, em especial nos municípios do 27º Nate de Candelária. Pelo menos 10% da área da região está com problemas de irrigação. Se não houver chuvas intensas nos próximos dias, as perdas na produtividade podem ser significativas.

A meteorologista Jossana Ceolin Cera, consultora do instituto, informa que há previsão de chuvas ainda de forma mais isolada. “Entre segunda (17) e terça-feira (18), a frente fria ganhará força, devendo provocar chuva mais intensa nas regiões de fronteira com o Uruguai. Depois, entre os dias 19 e 29 de janeiro, a chuva será intercalada por períodos de melhoria no tempo. Ou seja, chuva intercalada com períodos em que o sol aparecerá”, acrescenta a meteorologista.

Fotos: Nourival Neto

Fonte: Site do Irga

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Mônia Schluter

Essa notícia está atrasada, já existem laudos mais atualizados q apontam perdas de 10% com áreas abandonadas e 25% de comprometimento da produtividade. O cenário mudou rapidamente.