Após os idosos, pessoas com doenças crônicas devem ser vacinadas em Alegrete

Prestes a estender a campanha de vacinação contra a covid-19 para pessoas entre 60 e 64 anos, o Rio Grande do Sul se prepara para uma nova fase do processo de imunização: depois de contemplados todos os idosos, a idade dará lugar, como critério preferencial, a fatores como a condição de saúde ou o tipo de trabalho desenvolvido.

Os primeiros a serem beneficiados nessa futura etapa, salvo novas alterações nas regras, serão 1,1 milhão de pessoas com doenças graves e crônicas.

Alegrete está imunizando idosos de 64 anos, alguns com 63 anos receberam uma parcela de doses que sobraram da faixa etária anterior.

Conforme a secretária de saúde do município Haraceli Fontoura, ela aguarda posição do Estado, para saber como será a remessa, quanto a idade e quantidade de vacinas.

Conforme o Plano Estadual de Vacinação contra a Covid-19, que segue diretrizes federais, o próximo grupo após concluída vacinação dos idosos, será quem sofre de alguma das seguintes doenças: diabetes, hipertensão grave, doença pulmonar crônica, renal, cardiovascular ou cerebrovascular, transplantados (órgãos sólidos), com doença falciforme, câncer e obesidade elevada.

 

Ainda não há uma definição sobre o ritmo das aplicações até os municípios gaúchos darem conta de todos aqueles com 60 anos ou mais e avançarem para essa próxima categoria.

 

O Estado deve receber mais 301,5 mil doses nesta quinta-feira, mas há 644 mil pessoas na faixa entre 60 e 64 anos — além da necessidade de seguir aplicando a segunda dose em integrantes de grupos anteriores quem já receberam a primeira.

 

O Cosems tem como meta atender todos os sexagenários ainda em abril, mas para isso o Estado precisaria aumentar em quase 60% a média diária de aplicações em relação a março. Há estrutura para cumprir esse objetivo, desde que os imunizantes sejam enviados em quantidade suficiente pelo governo federal.

 

Na sequência dos idosos remanescentes e dos doentes crônicos, devem ser visadas pessoas com algum tipo de deficiência grave, em situação de rua, privadas de liberdade e categorias profissionais de áreas como educação (que podem ser antecipados, conforme debate em andamento em nível nacional), Forças Armadas e transportes. Os empregados no setor industrial devem fechar os 5 milhões de gaúchos incluídos nos diferentes grupos prioritários.

Júlio Cesar Santos                                  Fonte: GZH