Arte do Cemitério é fonte de estudos de alunos do Lauro Dornelles

Pela primeira vez, alunos do Ensino Médio Politécnico da E.E.E.B.DR. Lauro Dornelles juntamente com os professores Luciéle Aurélio e Vagner Almada realizaram uma pesquisa de campo sobre a Arte Cemiterial, no Cemitério Municipal de Alegrete, no final do mês de agosto.

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Eles visitaram,observaram as sepulturas onde a arte sacra cemiterial é evidente. Após o registro em fotos, pesquisaram na literatura específica cada obra e o que elas significam.

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Os alunos ficaram surpresos com o que viram, pois não sabiam existirem tantas obras de arte no Cemitério de Alegrete, segundo comentou o professor Vagner Almada.

A aula de educação artística, complementa diferente, envolveu os alunos que tiveram uma experiência surpreendente, com as obras e a beleza da criação artística, num local tão sério e que remete a saudades de entes queridos, meditação e oração.

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Porém, eles acreditam não existir uma apreciação, mas uma concepção que relaciona os cemitérios a algum aspecto negativo.

Os professores Vagner e Luciélen tem novos projetos para executar, e querem mostrar que a Arte não é só dentro da sala de aula e nem apenas nos livros, e sim na vivência do cotidiano.

A  Arte Cemiterial mais conhecida como arte tumular é um termo usado para designar obras feitas para permanecerem em cima das sepulturas nos cemitérios e igrejas.As obras estão ligadas a um contexto histórico, ideológico, social e econômico, interpretando a vida e a morte.

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Existem duas formas de representações. Podemos distinguir duas linhas: a nobreza e a burguesia industrial; a primeira utilizava mais o símbolo aliado a seus brasões e a segunda tinha a necessidade de demonstrar a sua importância através da suntuosidade.

Em alguns casos, os mausoléus são verdadeiras obras de arte alvos de visita e turismo. Os cemitérios da Recoleta em Buenos Aires, e Père Lachaise de Paris são necrópoles consideradas “pontos turísticos” por sua beleza escultural, e também pela importância dos que ali, descansam eternamente.

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Os elementos arquitetônicos foram incorporados aos cemitérios contemporâneos no final do século XIX, num período denominado Art Noveau. A arquitetura greco-romana foi uma de suas principais referências. Neste momento, entram em cena os portais, obeliscos, colunas de sustentação e arcos que indicavam não apenas a suntuosidade, mas significados distintos em suas composições.

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A arte Cemiterial brasileira teve seu início ao final do século XIX e início do XX.

As obras mais encontradas em Alegrete são:

Pietá: a escultura de Maria com Jesus recem crucificado nos braços representa o desejo de que a alma seja bem recebida.

Anjo que aponta: quando a mão indica o céu, significa que o falecido era considerada uma pessoa boa e espera-se que ela vá direto para o paraíso.

Anjo pensativo: quando o anjo está pensativo, com a mão no queixo, significa que está refletindo sobre a vida do falecido e não existe certeza sobre a absolvição de seus atos em vida.

Guirlanda: simboliza o triunfo da vida sobre a morte.

Pata do felino: patas esculpidas nas quinas, são usadas para lembrar que o falecido era o responsável pelo sustento da família.

Coluna partida: representa o túmulo do último membro de uma família tradicional.

Escada: intervalada em degraus finos e largos, representa a vida de altos e baixos que o morto teve.

Cruz: representa a interseção do plano material com o transcendental em seus eixos perpendiculare.

Vaso: geralmente representado vazio, representa o corpo separado da alma

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Ampulheta: remete à utilização e fim do tempo de vida terrestre, e seu reinício em outro plano

Globo: remete à utilização e fim do tempo de vida terrestre;

Flores, folhas e frutos: representam a vitória da alma humana sobre o pecado e a morte. São associados com frequência à nobreza, à beleza e à precocidade.

A maioria das obras de arte foram feitas por Luigi Brizzolara e Brecheret, além  de outros artistas .

Porém,  eles acreditam  não existir uma apreciação, mas uma concepção que relaciona os cemitérios a algum aspecto negativo.

Fotos: Vagner Almada, Luciéle Aurélio e alunos da turma 303 do Politécnico da Escola Estadual  Dr Lauro Dornelles