Ataque cibernético no sistema do Poder Judiciário gaúcho causa transtornos em Alegrete

A cada dia que passa a Justiça Estadual do Rio Grande do Sul recupera um pouco do terreno perdido, após o ataque de hackers que paralisou toda sua atividade informática. A invasão dos computadores do Judiciário foi detectada na madrugada da última quarta-feira (28) e os reflexos continuam, apesar dos esforços das equipes de Tecnologia da Informação (TI) do Tribunal de Justiça, que não pararam de trabalhar nem no feriado (1º de maio) e ainda continuam nesta segunda-feira (3). Graças a eles, a instabilidade no eproc, o mais moderno dos sistemas digitais usados pelos juízes, foi contida e ele voltou a funcionar. Ele concentra cerca de 25% das ações digitais.

 

Com 75% dos processos do Judiciário Estadual inacessíveis por causa do ataque hacker, em Alegrete, através do Doutor Rafael Echevarria Borba, Juiz de Direito da Vara Criminal da Comarca do município emitiu um ordem de serviço nesta segunda.

No uso de suas atribuições legais, o magistrado considerou o ataque de hackers aos sistemas do Poder Judiciário e a suspensão dos prazos processuais em vista da impossibilidade de acesso aos autos eletrônicos e a redação de documentos nos sistemas dos autos físicos, ordenou os seguintes serviços ao Cartório da Vara Criminal:

Transferência da audiências que foram designadas por ele do dia 5, para o dia 21, nos mesmos horários previamente agendados, mantendo-se em vigor as eventuais medidas protetivas deferidas. “Em vista do esforço conjunto do Poder Judiciário, do Ministério Público, da Defensoria Pública, da SUSEPE e da Brigada Militar, mantém-se os júris de processos de réus presos designados para os dias 4 e 6 de maio, levando em consideração que se tratam de autos físicos e que todos os documentos serão redigidos fora do sistema de informática” destacou o juiz.

Júlio Cesar Santos