Audiência Pública confirma: haverá carnaval dias 6 e 7 de março de 2020

Uma audiência pública indicada pelos vereadores Paulo Berquó e Nívea Souza para falar do Carnaval de 2020, em Alegrete, levou um bom publico à Câmara no dia 26.

Carnavalescos e pessoas que de alguma forma ajudam a realizar a maior festa popular participaram da audiência . A Assercal enumerou os custos da montagem da avenida, que inclui som e outros o que totaliza 285 mil- valor que as escolas precisam para garantir a infraestrutura.  Já que as fantasias, carros alegóricos e outros aspectos das escolas eles se responsabilizam em trabalhar para levar cada agremiação para avenida.

O secretário de Desenvolvimento Econômico, Jesse Trindade, representou o prefeito e disse que os 140 mil que a Prefeitura disponibiliza é um investimento para a festa popular, mas que trabalham com uma gestão responsável e não podem prometer o que não disponibilizam.

A secretária Márcia Dorneles acompanhou toda audiência tomando ciência das manifestações, já que a Assercal busca sensibilizar a Prefeitura e a Câmara de Vereadores, no sentido de pensar em como ajudar a realizar esta festa em Alegrete, depois de cinco anos.

Um dos convidados a ocupar a tribuna foi o carnavalesco Zola Duarte que disse ter 42 anos de Carnaval e que tem um legado dedicado à festa, com a composição de 60 sambas enredos, que a Escola Pôr do Sol foi criada dentro da sua casa e que apoia a volta do Carnaval de Alegrete.

Seu filho Márcio Duarte se pronunciou dizendo que está escrevendo um livro sobre esta festa popular aqui no Município. – Alegrete já teve 10 escolas de samba, não todas ao mesmo tempo, sabemos das dificuldades, mas precisamos de alternativas. O que sobrou das últimas décadas, temos que plantar sementes, acentuou.

Rafael  Faraco um dos que encabeça o movimento Eu Apoio Canaval falou do que gera de lucro.  As escolas de samba deixam mais de 125 mil neste período de preparação à economia da cidade. Cada escola emprega na montagem dos carros de 20 a 25 pessoas- renda que dá para ajudar umas 100 famílias, colocou.

A carnavalesca Ilva Goulart falou que a festa nem no calendário do Município está e nunca teve aporte de recursos como os outros eventos. E mais do que pensar no lucro que dá com o envolvimento de setores da comunidade é preciso mensurar o valor cultural do Carnaval.

– O envolvimento das comunidades mais pobres onde um menino de 12,13 anos  toca bateria ou outros instrumentos é uma história, uma lenda que contamos na Avenida”.

Alegretenses que defendem a volta do Carnaval ocuparam a tribuna colocando os seus argumentos. E são unamimes em dizer que a festa mais do que gerar renda é cultura, oportunidade e espaço de lazer aos mais pobres e por isso tem que voltar, mesmo que em outro formato.

– É preciso ver o lado social  das pessoas, talvez o único lugar de lazer em janeiro e fevereiro de muitas famílias de Alegrete, enfatizou Wado Mendonça. Temos que pensar mais nas pessoas e não só em custos” .

Jucelino Medeiros, diretor da Nativa FM também participou e disse que é comum as pessoas falarem que com tantos problemas não cabe pode falar em Carnaval, por essa linha de raciocínio o Rio de Janeiro, que esta literalmente quebrado não faria a maior festa popular do país, então.- É um evento cultural e que deve voltar, mesmo que de forma diferente, mais humilde. Sugeriu que se crie uma comissão permanente para tratar de Carnaval  para não se chegara esta época com tantas dúvidas e inseguranças”.

A presidente da Assercal, Marli Leivas, disse confiante que o Carnaval sai e aguarda que o recurso da Câmara possa ser destinados à festa.

Vera Soares Pedroso