Aumento de consumo interno e exportação explicam a disparada no preço do arroz

Mesmo diante da pandemia, em que muitos perderam empregos e sobrevivem com ajuda do auxílio emergencial, os produtos da cesta básica dispararam e os efeitos já podem ser sentidos nos supermercados e no bolso dos consumidores. Nas últimas semanas, os itens que mais encareceram foram os alimentos da cesta básica, como arroz, leite, óleo de soja e feijão.

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Um alimento que não pode faltar na mesa do consumidor é o arroz, e este foi um dos que mais subiram em agosto, 21% .

Uma pesquisa do Procon de Alegrete, em 14 estabelecimentos comerciais, aponta que foi encontrado ao custo de 19 a 28 reais o pacote de cinco quilos. Nos locais onde o produto está muito acima do preço, a empresa foi notificada,  informou o diretor do Procon, Jeferson Maidana.

Outro vilão que elevou a inflação foi o óleo de soja que de acordo com a pesquisa do Procon está entre  de 5,11 e 7.43 aqui em Alegrete.

O aumento no preço dos alimentos em setembro foi o maior desde março – quando houve a maior alta mundial desde 1990 e a ONU chegou a anunciar “temer revoltas sociais” como as ocorridas em 2008: segundo a prévia (IPCA-15) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o preço dos alimentos subiu 0,72% neste mês, acumulando 7,33% nos últimos 12 meses.

O aumento do dólar nos últimos meses em cerca de 40% é uma das principais justificativas para o aumento do preço dos alimentos, com isso, aumentou o preço dos insumos. Isso significa que exportar o grão, no caso do arroz, passou a render mais. E esse aumento acaba sendo repassado para o mercado interno.

Uma das explicações da suba dos preços de alguns produtos são as atividades agropecuárias, especialmente as que têm ciclos  de produção, que vão de meses a anos. Isso é de extrema importância para entendermos o comportamento dos preços dos produtos agropecuários e os fundamentos da relação entre oferta e demanda.

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A presidente da Associação dos Arrozeiros de Alegrete, Fátima Marchezan diz que a explicação do aumento do arroz é simples: a lei da oferta e da procura . -As  pessoas estão mais em casa e isso aumentou o consumo de alimentos básicos como o arroz. Além disso,  países que tem o produto, estão retendo por segurança alimentar. Com isso, muitos passaram a comprar o produto do Brasil e com isso, menos estoque e aumento do consumo, foram determinantes para subir o preço, atesta.

Ela comentou que com o auxílio emergencial, há cinco meses as pessoas passaram a consumir mais, porque estão em casa. – O preço de um quilo de arroz pode parecer caro, mas na verdade não é, se comparamos ao peço de um pé de alface, sem contar que um quilo de arroz alimenta uma família de cerca de cinco pessoas, considera.

Vera Soares Pedroso