Aumento do preço da carne poderá afetar churrasco de final de ano em Alegrete

As carnes devem continuar com preços altos por mais alguns meses, até o aumento de oferta de animais para o abate, principalmente bovinos, voltar a crescer — o que deve acontecer entre janeiro e fevereiro, dizem especialistas.

Nos mercados locais o aumento do preços da carne foi de pouco mais de 10% de acordo com os gerentes. Os cortes mais vendidos como a costela que custava, na média, 12 reais passou para 15 reais. Outro corte entre os mais vendidos, o dianteiro, subiu de 11 para 13 reais o quilo, em média.

Batista Dias, gerente do Mercado Baklizi, acredita que até o Natal haverá nova suba, mas que isso não vai afetar muito o consumo já que os gostam do churrasco de final de ano não vão abrir mão.

O gerente da Rede Vivo, Geison Lisboa diz que a suba é considerável e citou que a costela janela que era vendida  a 14.90 hoje está por 19 em sua loja.  Também sentiu o aumento nos cortes de agulha de 13 para 16 reais o quilo e na carne de paleta de 14 para 17.69 reais o quilo. Acredita que possa afetar o churrasco das festas de final de ano, mas que os alegretenses não vão deixar de fazer, apenas migrar talvez para cortes congelados.

O principal fator que influencia a alta da carne bovina é a pouca oferta de boi. O Cepea afirma que, de modo geral, houve um alto número de abate de vacas nos últimos anos. Com menos fêmeas no pasto, a oferta de bezerros e, consequentemente, a de boi gordo foi prejudicada. E também o aumento das exportações para o chineses que pagam mais pela carne brasileira.

Vera Soares Pedroso