Autoridades da área da saúde projetam cenário da pandemia após Carnaval e Campereada

O feriado de Carnaval de 2022, ainda está diferente em muitos Estados e cidades no Brasil. Após o aumento do número de casos da variante Ômicron do coronavírus, muitos estados decidiram suspender as festa e, aqui na Região, também ocorreram cancelamentos.

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Contudo, após a AMFRO decidir que municípios têm autonomia para liberar eventos, aqui na cidade, estão acontecendo no mínimo dois, a Campereada e o Carnaval(Descida dos Blocos).

Assim como na semana passada, o Governo do Estado manteve os Alertas para todas as regiões Covid do Sistema 3As de Monitoramento, responsável pelo gerenciamento da pandemia no Rio Grande do Sul. A decisão foi tomada pelo Gabinete de Crise em reunião realizada no último dia 22.

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“Nas duas últimas semanas, foi observado um declínio na velocidade do contágio nas diversas regiões do Estado, porém, os patamares seguem muito altos, podendo retomar uma trajetória de crescimento. Considerando a probabilidade de aumento de circulação de pessoas por conta do Carnaval e o retorno às aulas, a tendência atual de queda lenta pode ser afetada” destaca o Boletim.

Atualmente 74,9% dos gaúchos estão com o calendário de vacinação em dia. Da população adulta, somente 39,5% receberam a dose de reforço. Com apenas uma dose, constam 84,6% de imunizados.
Além do estímulo à vacinação, as regiões devem agir localmente para reduzir o risco de contágio, ampliando e mantendo a fiscalização do cumprimento de protocolos obrigatórios, também reforçando protocolos recomendados.

Em Alegrete, a Prefeitura Municipal, após uma reunião com vários segmentos, liberou os eventos que já estavam previstos, mas com a determinação para que todos atentem para as medidas de prevenção. Em assembleia, foi colocado em votação e decidido pela realização de todos os eventos, seguindo os protocolos. A reunião teve como principal pauta a realização dos eventos como a Campereada, as formaturas e o Carnaval.

Levando em conta que, durante feriados, as instituições não mantêm a atualização habitual de dados, causando um descompasso entre indicadores e realidade. Por isso, os Alertas serão mantidos pelas próximas duas semanas, até que se tenha o resultado dos impactos causados pela alta circulação da população e que as informações já tenham sido atualizadas caso existam subnotificações, acrescentou a nota do Governo.

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Aqui, na cidade, no mês de março, ano passado, o Município viveu o pior momento da pandemia. Isso ocorreu em todo Estado e no mundo, mas o impacto foi muito forte.

Passado um ano, estamos novamente chegando ao feriado que, estatisticamente foi apontado que seria devastador, em 2021 e foi.

Claro, observa-se todas as medidas sanitárias e também a vacinação, neste ano, que é muito diferente, o quadro, porém, mesmo assim, fica a preocupação.

O Município terá, até então, dois eventos que não foram registrados em 2021, a Campereada e a descida dos blocos.

Embora a Prefeitura acrescente que há dados positivos para liberação, perante o Estado, se ocorrer novamente uma grande demanda como fica?

Existe um plano de enfrentamento à Covid para depois do Carnaval e Campereada? Com a infecção por Ômicron, ainda, em percentuais elevados, é possível um aumento considerável de casos depois desses eventos. Mesmo num outro momento, é de se esperar um efeito semelhante?

Esses questionamentos foram realizados ao Prefeito Márcio Amaral que, mesmo em férias, atendeu a reportagem, à Secretaria de Saúde do Estado, um profissional da área da saúde(médico), e também à Santa Casa.

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O gestor municipal destacou:

“No ano passado não houve nenhum evento aqui na cidade durante o Carnaval? E o resultado foi o pior momento da pandemia, não só aqui, mas no Brasil inteiro. Se não tiver nada por aqui, as pessoas viajarão e o vírus virá, independente de eventos ocorrerem, ou não, no Alegrete.

Ocorre que temos essas diferenças, principalmente a vacinação, as quais fazem-nos acreditar que sim, é possível autorizar a realização dos eventos, onde serão cobrados os protocolos sanitários e cada um terá livre arbítrio para avaliar se é seguro participar dos mesmos.

Os planos de contingência são os mesmos que aconteceram agora na virada do ano, onde tivemos um crescimento bastante intenso no número de casos, sendo necessário a reativação do Gripário e do Hospital de Campanha, mas que não resultou em um número significativo de casos graves e óbitos, comparativamente ao ano passado”- explicou.

Já o Provedor da Santa Casa, Roberto Segabinazzi, falou que o Município está preparado caso ocorra uma demanda maior, como já registrado em outros períodos de mais aglomerações. A estrutura estará preparada até o início de março, pós carnaval. Ele pontuou que houve uma grande demanda no final do ano em razão da ômicron e, isso, também fez com que as pessoas adquirissem anticorpos, portanto, a projeção é que possa ter um crescimento, mas inferior ao ocorrido em relação as festas de final de ano.

“Diante do cenário e as reuniões que realizamos, entendemos que, até final de março, os números estejam como início de dezembro, que chegou a zerar o números de novos casos”- discorreu o Provedor.

O PAT, também, buscou a posição de médico:

O Doutor Rolando Carballo, que atuou no gripário e trabalha na linha de frente comentou:

O ano passado teve um aumento considerável de casos depois de março, como deve acontecer agora também por um fator mais “epidemiológico” e falta de percepção de risco da população sobre as consequências das aglomerações e viagens que se produzem geralmente na época do carnaval. Neste ano se soma também as campereadas que junto a coinfecção pelo ômicron nos coloca sob um cenário bem complexo e difícil de prever o que acontecerá.

A Secretária de Saúde, Haracelli Fontoura, disse que já está com uma equipe preparada para a reabertura do Gripário. Pois a previsão é de que ocorra a necessidade deste atendimento, como exemplo no início do ano de 2022, pós festas de final de ano.

Já a Secretaria de Saúde do Estado, enviou a seguinte nota:

A gestão estadual está atenta para a necessidade de todas as regiões do Estado seguirem os protocolos – obrigatórios e recomendados. Ao mesmo tempo, segue com o acompanhamento diário dos casos para, em cima deles, traçar ações de combate à Covid-19. Ainda, para reduzir o risco de contágio, serão mantidas e ampliadas as ações de fiscalização. 

De acordo com o último Boletim Epidemiológico, Alegrete tem 414 casos ativos. Há 06 alegretenses com Covid-19 internados na Santa Casa de Alegrete, 02 no Hospital de Campanha e 04 na UTI adulta e 01 Vianense no hospital de campanha.

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Até o dia 25 de fevereiro, o Município registrou 320 óbitos por Covid-19.Foram realizados 51.508 testes, sendo 33.093 negativos, 18.415 positivos e há 03 pessoas aguardando resultados de exames.

Para lembrar, o resultado de infectafos em 30 dias devido as festas de final chegou a quase 6 mil pessoas, números assustadores.

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Pedro

Capaz….