Bairros da Zona Leste querem uma definição urgente para a travessia dos ônibus na ponte

Há 70 dias interditada para a passagem do transporte coletivo, a ponte Borges de Medeiros, principal via de acesso da Zona Leste ao centro e demais bairros, tem sido um permanente exercício de paciência e resignação para o imenso contingente de moradores e trabalhadores que necessitam da travessia por meio dos ônibus urbanos. Mas, toda essa tolerância está dando sinais de inconformidade com a longa e angustiante espera.

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O Movimento Comunitário da Zona Leste  já se mobiliza para protestar contra os prejuízos que os trabalhadores estão tendo com toda essa indefinição. Beto da Restinga, presidente da UABA, diz que a entidade está junto com a comunidade dos bairros da zona leste, porque esse sacrifício imposto aos moradores, já passou dos limites.

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-“No nosso ponto de vista foi barbeiragem da Administração deixar a ponte trancada após passar a enchente e já ir condenando o local. E tem mais, fala o líder comunitário, após um parecer e um laudo técnico, que atestam não haver risco na Borges de Medeiros, não há motivos para a interdição do transporte coletivo. As melhorias podem ser feitas, gradativamente pela Prefeitura”,ressalta o Presidente da Uaba.

Quem está sofrendo e pagando por isso são os trabalhadores que ficam sem transporte ou aguardam longo tempo nas paradas, se atrasam para chegar ao trabalho e as empresas  acumulam prejuízos. Todos perdem com isso, a cidade está completamente fora da sua rotina com essa indefinição toda- comenta o líder comunitário.

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Conforme João Nogueira, da empresa Nogueira transportes, em outubro 25% dos passageiros deixaram de andar de ônibus. Em novembro, este número subiu para 45% e a cada volta pela BR 290 as empresas fazem 24km a mais  – Quem mais sofre são os usuários. Ninguém aguenta mais isso- comenta o empresário.

E a situação tem mais um agravante. O juiz Francisco Morsch, no despacho de ontem, manteve a liminar que restringe o limite de até 10 toneladas na ponte. A Prefeitura estava acreditando que o magistrado reconsiderasse sua posição, o que acabou não acontecendo. O procurador do Município, Daniel Rosso, vai entrar com Agravo de Instrumento no Tribunal de Justiça do Estado na tentativa de caçar essa liminar. Se a situação não for revertida, a Administração deverá realizar todas as melhorias sugeridas no laudo técnico da UNIPAMPA.