Bastidores do Poder

Bastidores do Poder
“O tamanho do poder!”  
Em meio a um ato oficial no Palácio do Planalto, uma reação instantânea, se pareceu muito com um gol, que poderia ser do Flamengo, Corinthians, Grêmio, Internacional, Vasco, Atlético, Santos ou qualquer equipe tradicional no futebol brasileiro.  
Mas não era. Era apenas o presidente Bolsonaro voltando a sinalizar o prestigio que goza com ele (apesar de algumas controvérsias), o ministro da Justiça Sérgio Moro. Chamou a atenção porque não foi um aplauso qualquer, não foram quaisquer palavras, simples, ou meramente elogiosas, não. Bolsonaro se dirigia ao ex-juiz como sendo um patrimônio nacional. E citou seu desprendimento em largar a carreira na magistratura e todos os seus benefícios para se tornar ministro de um governo que ainda navega lentamente num mar de ondas altas _ às vezes provocadas exatamente por que o comanda.  
As intempestividades de Bolsonaro surpreendem e precisarão em breve ser objeto de estudo de psicólogos e psicanalistas, por que não dá pra entender. A mão que fere é a mesma que afaga.  
Apesar de meus estudos constinuos na área da psicologia, fui buscar algo mais que é entender definições sobre bi-polaridade é o primeiro estágio de casos depressivos.  
Minha pesquisa apontou fatores que precisam ser observados mais detalhadamente. Pacientes com este quadro tem euforia exagerada, ou seja, um humor positivo muito acima do normal, mas em alguns casos, uma excessiva irritabilidade, a ponta de obriga-la ou condicioná-la à necessidade de confrontar os outros.  
Na euforia, acontece ainda a hiperatividade, diminuição do sono, ideias grandiosas e uma extrema autoconfiança. E se juntarmos tudo o que aconteceu até aqui, a soma de todos os sintomas, se assemelham com o que estamos vivendo. Acho que não dá nem listar aqui os episódios que temos visto nos últimos seis meses.  
No que se refere a Moro transcrevo o que disse no começo da semana o presidente ao ser questionado pelos jornalistas: “Olha ministro meu tem carta branca e eu tenho poder de veto, em qualquer coisa. Senão não sou Presidente. Todos os ministros têm esta ingerência minha e fui eleito pra mudar e ponto final.!”
A frases se contrapõem e isso é perigoso. A prerrogativa do cargo exige o que homens públicos menos se preocupam que é o tamanho do Poder que tem. Esquecem-se que ser exemplo é uma coisa. Ser seguido é outra. E liderar, qualquer tipo de movimento é outra história. O tempo é quem dirá. Por enquanto ficam as observações pra qualquer um de nós apenas prestar atenção“