
Em ruínas, a construção histórica é utilizada, segundo relatos, como abrigo para práticas de drogadição e outras atividades ilícitas, destoando de seu papel original e de sua importância como patrimônio cultural.
A estação, que já foi um ponto central de encontros e despedidas, é retratada em fotografias, folders, revistas e cartões postais antigos, destacando sua relevância histórica e turística. Ainda assim, o local permanece sem intervenções significativas para sua preservação ou reaproveitamento, refletindo um descaso que preocupa cidadãos alegretenses e antigos usuários dos serviços ferroviários.
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Diante desse cenário, Amanda Machado do Amaral, concluinte do curso de Arquitetura e Urbanismo pelo Instituto Federal Farroupilha – Campus Santa Rosa, desenvolveu uma proposta de revitalização para a estação como tema de seu Trabalho de Conclusão de Curso. A intervenção propõe a criação de um centro gastronômico no espaço, com o objetivo de resgatar a relevância da estação e impulsionar o turismo local. O trabalho foi orientado pela professora Ana Cláudia Böer Breier e coorientado pelo professor Valter Antônio Senger.





Amanda, natural de Alegrete, explica que escolheu o tema como forma de homenagear sua cidade natal e fortalecer sua conexão com o município durante o desenvolvimento do projeto. “A estação ferroviária sempre me provocou muitas emoções. Ela não só foi um ponto crucial para o desenvolvimento de Alegrete, como também carrega uma história rica, sendo palco de incontáveis reencontros e despedidas”, afirma.
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O projeto busca reaproveitar a estrutura existente, respeitando os traços arquitetônicos históricos, enquanto insere novos elementos que possam atrair moradores e turistas. A ideia é que o espaço seja um ponto de encontro para a gastronomia e a cultura, resgatando a estação como um lugar de convivência.
Na última semana, Amanda apresentou o projeto ao setor de planejamento da Prefeitura de Alegrete e está em diálogo para viabilizar a doação. Ela acredita que, com ajustes técnicos e análise de viabilidade econômica, o projeto poderá ser implementado no futuro.
A estação ferroviária de Alegrete simboliza memórias coletivas que resistem ao tempo e ao abandono. Iniciativas como a de Amanda reacendem a esperança de que o espaço seja revitalizado, valorizando não apenas a história do município, mas também projetando um futuro onde o patrimônio cultural possa ser ressignificado para as novas gerações.


















