Campanha para inibir a violência contra a mulher continua em Alegrete

Na manhã de ontem(3), aconteceu em Alegrete uma ação alusiva aos 16 dias de ativismo contra a violência de gênero, com a Polícia Civil e a ONG Amoras, em Alegrete. O X na mão representa o PARE e é um sinal utilizado quando uma mulher que está vivendo uma situação de violência doméstica procura ajuda, principalmente nas farmácias.

Homem e mulher são presos, pela BM, com quase 10kg de droga em Alegrete

A violência contra a mulher não é uma violência apenas física, aquela aparente como um soco no rosto ou vergões pelo corpo, mas também a moral, psicológica, sexual e patrimonial. Constranger, impedir que manifeste sua vontade, tirar-lhe a liberdade, obrigar a fazer o que não quer, são exemplos da violência que não se vê. E é uma violência muitas vezes abafada, que fica encoberta nas paredes do próprio lar.

Conselho da Comunidade e Projeto Leia Mulheres iniciam projeto com detentas de Alegrete

“No entanto é preciso que se reflita que muitas vezes os agressores também sofreram violência, por ter sido uma criança que sentiu na pele o sofrimento de ver a mãe apanhar e mesmo assim não denunciar o ato, por medo, por questões financeiras, enfim, mas principalmente porque a sociedade exige que o homem aguente o tranco, não fale sobre seus problemas e dúvidas com outros homens, não chore ou demonstre afeto pelo pai ou amigo, por exemplo” – disse Maira.

Uma pesquisa (O Silêncio dos Homens) aponta que 7 de 10 homens não falam sobre seus maiores medos e dúvidas com os amigos e que tem medo de demonstrar afeto e parecerem “menos homens”.

É inegável que este silêncio e a exigência para que o homem sufoque o que sente está na raiz do problema da violência de gênero/doméstica e é uma forma de existir que tem causado muitos danos para as mulheres, para os próprios homens, para todos nós – completou.

Homem, bêbado e transtornado, bate na mulher e é preso em flagrante

Estiveram presentes no ato simbólico, já que é necessário cuidado neste momento de pandemia, o Delegado Regional Valeriano Garcia Neto, a Delegada Patricia Sanchotene Pacheco, a Delegada Caroline Huber da Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher de Uruguaiana, Maira Marques representando a Urcamp, a advogada Letícia Rosso representante da ONG Amoras, Luiza Maria Machado da Silveira, entre outras pessoas.

Importante destacar que a ideia da ação se deu a partir da apresentação do trabalho e da cartilha confeccionada pelo grupo de alunas de Projeto Integrador da URCAMP-Alegrete, Lívia Sanguinete Cardozo da Silva, Amanda Dutra, Moniqui Kraczuski, Gianny Romero e Isadora dos Santos.