Cledir Pies deixa a administração do Presídio de Alegrete com elogiáveis realizações

Uma despedida que deixa um grande legado, de amizade, parceria, admiração e respeito. Assim, após sete anos no Presídio Estadual de Alegrete, sendo três como administrador, o agente penitenciário Cledir Pies, assume um novo desafio em Santiago.

Cledir Pies
Cledir Pies

No último dia à frente do PEAL, mais uma vez, ele recebeu o PAT. Sempre de forma muito objetiva, Cledir falou sobre a transferência para outro Município e o que representaram os anos que esteve atuando no baita Chão.

Sem titubear, Cledir enaltece a todos os colegas que atuaram de forma incansável ao seu lado e, por esse motivo, ele será sempre muito grato. Com uma gestão muito humana e visionária, o agente penitenciário, fez uma grande “revolução”, no período de três anos. Com resultados muito positivos, neste período, não ocorreram tentativas de fugas, rebeliões ou ocorrências de vulto no interior do PEAL.

Ele fundamenta que o trabalho dos colegas, foi imprescindível e, no começo da sua gestão, em 2019, eles desarticularam uma facção que estava buscando se fortalecer dentro da Casa Prisional.

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Cledir disse que sempre buscou transformar o Presídio no melhor ambiente de trabalho e tudo sempre foi pensado para agregar os apenados e também aos servidores. Por esse motivo, uma das principais buscas, foi uma execução penal digna e humana, pois todos os que ali atuam, representam o Estado e têm um compromisso com a sociedade.

Em seu legado, ele deixa o exemplo de que o trabalho em cooperação é essencial, sendo assim, novamente fala do apoio que sempre recebeu dos colegas, que se empenharam em sua luta pelas melhorias tanto estrutural como na própria gestão à frente do PEAL.

Também exalta a parceria entre os órgãos de segurança e o Judiciário. “Através do Juiz de Direito, Rafael Borba e demais servidores do Fórum, da Comarca de Alegrete, deixo meu agradecimento por todo trabalho em conjunto realizado, assim como, a Prefeitura de Alegrete, Prefeito Márcio Amaral, principalmente no período pandêmico que através da Secretaria de Saúde foi possível desenvolver uma excelente ação no combate à Covid-19 e, o trabalho foi essencial, destacando, ainda, o Convênio PAC, que dispõe de vagas para apenados, hoje, 55 estão trabalhando através do sistema o que gera um grande avanço na ressocialização do detento.

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A conquista da Unidade Básica de Saúde Itinerante, que vai uma vez por semana no PEAL, foi muito importante e com o trabalho realizado, os casos de tuberculose e doenças graves foram zerados, em pouco tempo – cita.

Cledir, não deixou de comentar a parceria, sempre muito positiva, com os demais órgãos de segurança como: Brigada Militar, Polícia Rodoviária Federal, Polícia Civil, Guarda Municipal e Exército. Todos de forma integrada se imbuíram para mudar a realidade do Presídio e, desta forma, o resultado foi positivo à sociedade alegretense. Outro sim, pontua a relevância na trajetória do Ministério Público, Defensoria Pública , OAB e demais órgãos da sociedade civil que estiveram de portas abetas para um diálogo e na elaboração de projetos que visassem melhorar o cumprimento de pena e trabalho na Cadeia.

Não deixando de citar à imprensa de Alegrete que”de forma respeitosa e ética sempre divulgou a verdade e o que é justo. Isto,levando todas as informações positivas que ocorreram nestes anos, as necessidades de melhorias e as poucas notícias negativas”.

O gestor que está iniciando neste dia 1°de abril seu novo desafio em Santiago, como administrador do Presídio daquele Município, é objetivo ao dizer que o PEAL pode melhorar ainda mais a sua realidade e evoluir. Nestes três anos, foram cerca de 500 mil reais investidos na Cadeia que resultaram em grandes melhorias. Os recursos, foram oriundos da Susepe, Poder Judiciário, Ministério Público do Trabalho e serviços da Prefeitura.

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Um dos grandes avanços, projeto idealizado, apresentado e implementado por Cledir, foi o monitoramento eletrônico. Quando ele assumiu em 2019, havia 224 presos, no PEAL, 68 no semiaberto e mais de 70 em sistema de rodízio. Ele saiu com 170 presos, 80 no sistema de rodízio e 105 em monitoramento eletrônico, o que amenizou a superlotação e apresenta um controle bem mais efetivo de todos que cumprem pena fora do PEAL.

Ao finalizar, Cledir disse que deixou uma grande família em Alegrete, referindo-se dos colegas, e cita que fica à disposição no Presídio de Santiago. “Muito obrigado a todos, por tudo, por esse período que trabalhamos no Baita Chão e desculpa se, em algum momento deixei de atender as expectativas e demandas de alguém, com certeza não estava ao meu alcance, pois sempre busquei ser justo e trabalhar pelo bem de todos. Encerra-se, aqui, um ciclo, nesta instituição que imaginei, inicialmente que iria me aposentar” – sorri.

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