Com dólar acima dos R$ 6,00, empresários alegretenses sentem dificuldade no poder de compra

A cotação do dólar superou, no último mês, pela primeira vez na história, o patamar de 6 reais no Brasil, após o governo anunciar um ajuste fiscal de 70 bilhões de reais até 2026.

Por volta das 13h15, dessa quarta-feira (8) o dólar era cotado a 6,11 reais, segundo o jornal Valor Econômico. Já de acordo com o site do Banco Central às 15h, a cotação estava em 6,10 reais.

Desde que o real entrou em circulação, em 1994, a moeda americana nunca havia atingido esse valor, de acordo com a série estatística do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). Com essa suba, alguns setores da economia do Brasil, acabam por ser diretamente afetadas. A reportagem do PAT entrevistou alguns empresários e procurou entender quais os impactos desse novo cenário na economia mundial.

O proprietário de uma loja de pneus e artefatos mecânicos, fez questão de ressaltar que a suba do dólar impacta de maneira instantânea no seu negócio. Os produtos, que ele compra e trabalha, são de mercados que a principal moeda do país é o dólar, e com esse aumento acaba impactando na margem de lucro da empresa, disse.

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Marcelo dos Santos, empresário e proprietário de uma empresa de bebidas, destacou que costumeiramente, ia até cidades vizinhas para comprar alguns produtos. Ele explicou que com a alta do dólar, seu poder econômico diminuiu, “sempre ia até Uruguaiana ou Rivera para comprar alguns produtos, principalmente, whisky e vodka, porém, nossa moeda está muito desvalorizada, então eu trago uma quantidade menor para manter o preço em meu estabelecimento”, completou.

Já o sócio, de uma franquia de alimentos em âmbito nacional, reforçou que a suba do dólar impacta nos custos de produção de sua empresa. Os mantimentos, as embalagens e demais produtos que são a estrutura do produto principal, são exportados de países como o Estados Unidos e isso acaba prejudicando a margem de lucro.

O secretária de desenvolvimento econômico, Fernando Lucas, fez um breve relato sobre o atual momento e os impactos dessa suba para o Município.

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“Com o dólar atingindo patamares elevados, como os atuais R$ 6,13, a economia de Alegrete, no Rio Grande do Sul, começa a sentir os efeitos tanto nos desafios quanto nas oportunidades que essa valorização da moeda estrangeira traz. Como um município que tem no agronegócio, no comércio local as principais atividades econômicas, as variações do câmbio refletem diretamente no dia a dia dos empresários, produtores e consumidores”, completou.

Foto: Alex Lopes

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