Dados da Secretaria de Segurança Pública mostram que houve mais crimes nos seis primeiros meses deste ano do que no mesmo período de 2013
A violência no Estado e em Santa Maria cresceu no primeiro semestre deste ano em relação ao mesmo período de 2013. A conclusão vem dos dados divulgados na última sexta-feira pela Secretaria de Segurança Pública (SSP) em relação a crimes como roubos, furtos e homicídios em cada cidade gaúcha.
O relatório revelou um aumento de 22% no número de assassinatos em todo o Rio Grande do Sul. Os furtos e roubos de veículos cresceram 9%, e as ocorrências de roubo, 13%.
Comparados o primeiro semestre de 2013 e o de 2014, houve melhorias em dados como furto de veículos, que caíram de
175 para 102, e de estelionatos, que diminuíram de 347 para 236. Porém, os casos de roubo, que são mais violentos que os furtos, cresceram de 462 para 687, o que representa um aumento de 48,70%. Os registros de furtos subiram de 2.229 para 2.315. Os crimes envolvendo o uso de armas de fogo também cresceram de 76 para 133.
Em relação ao primeiro trimestre do ano, em Santa Maria, a maioria dos índices de criminalidade pioraram. Houve 109 furtos, 32 furtos de veículos, 53 roubos, dois latrocínios (roubo com morte), dois roubos de veículo e 26 estelionatos a mais no segundo trimestre, período em que ocorreu a Copa do Mundo e que parte do efetivo de policiais militares e civis da cidade foi enviado para atuar em Porto Alegre.
O número de mortes violentas também aumentou. O levantamento da Secretaria de Segurança Pública do Rio Grande do Sul, que contabiliza apenas o número de assassinatos em que a pessoa morre no local do crime, aponta que houve 12 crimes desse tipo entre janeiro e março e 19 entre abril e junho. Se a comparação for entre o primeiro semestre de 2013 e o mesmo período deste ano, o número cresceu 63,15%. Foram 19 mortes violentas em 2013 e 31 em 2014.
Na última quarta-feira, o comandante do Comando Regional de Policiamento Ostensivo (CRPO), coronel Jaime Machado Garcia, confirmou que há um déficit de 30% no efetivo do 1º Regimento de Polícia Montada (1º RPMon), que atende Santa Maria e outras 18 cidades. O RPMon, de acordo com ele, é o mais afetado por aposentadorias de policiais que não vêm sendo repostos. No CRPO como um todo, o déficit é de 26%. Para Garcia, o contingente de policiais na região, que é de 1,3 mil atualmente, deveria ser de, pelo menos, 1,6 mil. A falta de policiais acabaria se refletindo no número de efetivo nas ruas.
Fonte: Diário de Santa Maria