Dados estatísticos mostram a evolução da Covid nas últimas semanas em Alegrete

Depois de todas as especificações sobre o possível fechamento do comércio e o aumento dos casos, com 51 novos pacientes positivados em 24h, sendo 29 mulheres,  20 homens e duas crianças,  a reportagem do PAT,  entrevistou mais uma vez, o bacharel em Direto e músico, Marco Dorneles Rego.

O alegretense, desde o início da pandemia se tornou uma referência em dados estatísticos devido aos estudos e acompanhamento realizados desde então.

Marco já auxiliou o Município,  a 10ª CRS e a Santa Casa com os informações relacionados à pandemia em Alegrete.

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Os últimos números que são recordes em casos positivos, são reflexo do afrouxamento nas medidas pela maioria da população.  Com sete meses de pandemia,  a condição climática favorável para estar em ambientes externos como parques, praças e junções,  uma determinada parcela da comunidade deixou de lado a máscara, relaxou nos cuidados com higienização e o resultado foi um aumento que vem em crescendo desde setembro.  Primeiro com feriado do dia 7, posteriormente com a Semana Farroupilha e o feriadão do dia de Nossa Senhora Aparecida.

De acordo com os gráficos de Marco, a ascensão em relação a semana passada neste mesmo período é de 16,66% no comparativo de novos casos positivos diários.

Marco fez um alerta que ainda tem o próximo feriado do dia 2 de novembro,  por esse motivo,  sem a conscientização da população, a situação tem a tendência de piorar.

Ele ainda acrescenta que suas projeções são feitas através de equações matemáticas e, não são levados em consideração movimentação e aglomeração, pois é  impossível prever o comportamento humano.  Entretanto, com base no que já foi constatado nos últimos tempos, há uma grande parcela das pessoas nesse acréscimo no contágio em razão das constantes aglomerações que são presenciadas.  A pandemia não passou, ainda não há uma vacina que possa deixar a população imune. Além de ter um quadro semelhantes em vários outros municípios da região, também em outros estados e países.

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O período prolongado do distanciamento social, tem um grande impacto na vida das pessoas e, muitas acabaram extravasando um pouco mais com a chegada do calor.  Mesmo com os dias convidativos para junções,  ainda não é o momento.  O temor enfrentado pelas equipes médicas é de que esses casos venham a se transformar em quadros clínicos graves. Pois não há equipe para suprir uma demanda acima do que já está desde Março na linha de frente,  além de leitos. Com essa média, se tiver casos que necessitem de respiradores numa proporção considerável,  a Santa Casa vai colapsar. Ao mesmo tempo que pode gerar pânico na população, o esclarecimento dos dados torna mais objetiva a responsabilidade de cada um. Independentemente de cor de bandeira, decretos estadual e municipal.  Pois em muitos casos se vê o descumprimento de tais decretos, por isso, não são algumas medidas mais drásticas como fechar o comércio que vai mudar o quadro, diante do comportamento da população em relação ao não regramento e afrouxamento nas medidas impostas pela autoridades sanitárias, como: usar máscara,  higienização e distanciamento social.

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Veja abaixo os gráficos que mostram a evolução da pandemia nesse período. Neles estão a evolução dos casos diários, as interações, percentual por bairros, entre outros.