De quem é o Brasil?


Não é uma questão de Esquerda, tampouco uma caso relacionado à Direita. Não tem nada a ver com PT, com PSDB, com MDB, PSL, PDT ou qualquer partido político brasileiro. É apenas e tão somente uma questão de honestidade ou desonestidade. Afinal, todos os partidos, em sua essência, em seus fundamentos e propósitos, apresentam planos que se analisados com superficialidade são perfeitos, faltando apenas que sua aplicação se dê com dignidade e correção.
As prisões havidas nos últimos três anos em decorrência da Operação Lava Jato, guardam em si o princípio de que não foram os “veículos” que se conduziram à derrocada, mas sim os condutores desses “veículos”, de modo que os atos jurisdicionais tiveram como fundamento não somente a Lei que impõe o respeito à coisa pública, mas também as atitudes devidamente comprovadas de propinas e atos de corrupção ativa e passiva.
Pessoas que receberam a oportunidade de adotar práticas virtuosas em relação à preservação do bem público, mas decidiram desviar do caminho da honestidade, locupletando-se com parte daquilo que entregavam a gigantescas corporações empresariais como construtoras, usinas, frigoríficos, etc.
Passados poucos anos, no entanto, os problemas havidos nas malfadadas gestões que afundaram o Brasil, chegam às mãos da Suprema Corte do nosso País e, lá chegando, deveriam ser analisados com base na causa de lá estarem, porém, infelizmente, os togados que deveriam prezar pela higidez no cumprimento das consequências, abstraem as causas, secundarizam a desonestidade dos atos e assustam a comunidade pensante, adotando parcimônia no que deveriam infirmar segurança jurisdicional e mitigando o tratamento às dores impostas ao País.
É por isso e tão somente por isso que o Brasil se encontra em tão lastimável condição, assolado pala insegurança jurídica e desfalecido pelo interesse ideológico de quem quer a quebra geral para a retomada do poder e, fundamentalmente, é por isso que os cidadãos efetivamente patriotas e isentos das ideologias reinantes de esquerda ou direita, aqueles interessados exclusivamente com o bem da Nação, ficam assim, parados, estupefatos com tamanha chaga que se ramifica como doença incurável.
O Brasil de tantas riquezas ficou pobre, tem fome de Justiça, tem fome de verdade, de independência, de autonomia e de liberdade. O Brasil morre dessas fomes e se arrasta com a sede da verdade.