Decisão precoce: criança da cidade sempre quis morar no campo e trabalhar na terra

Decisão precoce: criança da cidade sempre quis morar no campo e trabalhar na terra
Decisão precoce: criança da cidade sempre quis morar no campo e trabalhar na terra

A alegretense Vanessa Irizaga, falou com o PAT para fazer uma homenagem ao irmão.

Ela acrescenta, que a história de superação dele é muito inspiradora. O primogênito do casal, Zila Terezinha Lopes dos Santos e Paulo Renato Chaves dos Santos sempre amou a lida campeira e insistiu muito para mãe deixá-lo morar com seus avós Belmira Chaves dos Santos e Neri Barreiro na colônia do Passo Novo.

Diego Lopes dos Santos era muito pequeno e dizia que iria residir com os avós quando fosse para a 6ª série, à época.

Quando ele completou 11 anos e já estava na 6 série, foi morar com os avós e passou a estudar na escola agrícola, hoje conhecido como IFFar.

No ensino médio cursou técnico agrícola e, no final do curso, já com 18 anos, foi fazer o estágio em Mato Grosso do Sul, onde ficou hospedado na casa do primo André Beulk dos Santos.

“No ano seguinte, ele voltou a Alegrete para se apresentar no quartel, mas já veio com uma carta de recomendação de serviço, pois lá, na fazenda que trabalhou gostaram muito dele, por esse motivo, meu irmão conseguiu a liberação da Unidade Militar e retornou ao Mato Grosso do Sul”- fala Vanessa.

Diego trabalhou mais um ano, na mesma fazenda como fiscal de lavoura e, por ser muito dedicado no que faz, recebeu uma melhor proposta de serviço em Mato Grosso, onde foi trabalhar e estudar.

Seu sonho sempre foi cursar agronomia, mas como naquela cidade não havia esse curso, acabou cursando administração por um ano e foi chamado pelo seu atual patrão para trabalhar em Cerejeiras/Rondônia, onde seria possível realizar o tão sonhado curso de agronomia.

“Então aos seus 19 anos, foi trabalhar e estudar nessa nova cidade e, no segundo ano cursando agronomia, abriu um concurso do estado de R0 e Diego passou em 2º lugar. Não demorou muito para que fosse chamado para exercer o cargo, assumindo como técnico agrícola, pois ainda não tinha terminado a faculdade e, em 2014, teve a tão sonhada formatura, para alegria e emoção de todos.

Meu irmão saiu daqui com uma mão na frente e outra atrás. Quando ele foi embora minha avó que pagou a passagem de ônibus que durou três dias. Hoje, com 35 anos, já construiu sua família é papai do Gustavo, Daniela, Isabelly e Maria Vitória, ainda, reside em Cerejeiras-Ro e sempre vem nos visitar quando pode, matando um pouco a saudade da família e do nosso Alegrete que ele tanto ama.

Nossa mãe nos criou para nos amarmos e nos respeitarmos acima de tudo, por isso, hoje, meus irmãos são os meus maiores orgulhos, Diego e Thiago” – finaliza Vanessa que reside em Alegrete.

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