Demissões x contratações em 2020; veja os números de Alegrete

De acordo com dados do Caged, de janeiro a dezembro do ano passado, foram 15.166.221 admissões e de 15.023.531 desligamentos. O estoque de empregos formais no país, que é a quantidade total de vínculos celetistas ativos, chegou a 38.952.313 vínculos, o que representa uma variação de 0,37% em relação ao estoque de referência, de 1º de janeiro de 2020.

Prejudicado por pandemia e estiagem, o Rio Grande do Sul amargou, em 2020, desempenho negativo no mercado de trabalho formal. No acumulado do ano passado, o Estado perdeu 20.220 empregos com carteira assinada. Trata-se do segundo pior desempenho do Brasil – o Rio de Janeiro encerrou 127.155 vínculos.

A cidade de Alegrete encerrou o ano de 2020, com saldo negativo de 159 empregos formais fechados, tiveram seu contrato profissional encerrado. No ano passado houveram 2.651 admissões no município e 2.810 desligamentos.

O mês de dezembro registrou 231 admissões, encerrando o último mês do ano com 227 desligamentos, finalizando o mês com 4 empregos formais mantidos. O estoque de empregos formais no acumulado anual que em 1º de janeiro de 2020 era de 11.170, encerrou em 31 de dezembro de 2020, em 11.093.

O 2º semestre de 2020, foi de certa forma positivo em Alegrete na manutenção de vagas formais de trabalho com carteira assinada. Dos seis meses restante do ano passado, apenas em dois, o município encerrou no vermelho. Em julho foram 15 vagas mantidas, diferente de agosto que teve um saldo negativo de um. Em setembro, a cidade continuou no vermelho. O mês farroupilha registrou 23 vagas formais de empregos cessadas em Alegrete.

No entanto, o último trimestre foi positivo na 3ª Capital Farroupilha segundo números apontados pelo caged. O mês de outubro manteve 25 empregos, seguido de novembro com 78, o melhor desempenho do semestre. Já em dezembro o município teve quatro empregos formais assegurados, dos 231 admitidos no último mês.

O Brasil fechou o ano passado com saldo positivo de 142.690 vagas. É o mais baixo desde 2017. O saldo gaúcho decorre da diferença entre 972.201 admissões e 992.421 cortes. O desempenho já era aguardado por analistas, devido à crise econômica gerada pela combinação entre covid-19 e seca nas lavouras. Os dados foram divulgados na última quinta-feira de janeiro, os números integram o Caged, o cadastro de empregos formais do Ministério da Economia.

Apesar das dificuldades, o Estado ensaiou reação no mercado de trabalho no segundo semestre. De julho a novembro, confirmou cinco avanços consecutivos, recuperando parte das perdas.

Até que, em dezembro, fechou 131 empregos com carteira assinada. Esse resultado reflete a diferença entre 83.278 contratações e 83.409 demissões.

Tradicionalmente, o último mês do ano é negativo. A perda de 131 postos é a menor para o intervalo desde o início da série histórica, com dados a partir de 1992.

O Caged traz ainda dados por setores econômicos. Dos cinco grandes segmentos pesquisados, três ficaram no azul no acumulado gaúcho. A indústria gerou 4.336 postos, o maior saldo positivo no ano. Depois, aparecem construção (973) e agropecuária (637).

O desempenho do trio, entretanto, não foi suficiente para recompor o prejuízo visto em serviços e comércio. De janeiro a dezembro, o setor de serviços, considerado motor da economia, perdeu 21.746 empregos. Já o comércio encerrou 4.420 vínculos. Parte das empresas de ambos os segmentos foi abalada por restrições para conter o avanço do coronavírus.

Em dezembro, a exemplo do Rio Grande do Sul, o país teve desempenho negativo, com fechamento de 67.906 postos com carteira. Por outro lado, no acumulado de 2020, o resultado nacional foi positivo.

De janeiro a dezembro, o Brasil abriu 142.690 vagas.  O saldo decorre da diferença entre 15,166 milhões de admissões e 15,023 milhões demissões ao longo do ano passado.

Júlio Cesar Santos                                                     Foto: Alex Lopes