Dependentes de álcool e drogas formam uma grande legião de pedintes na porta de bancos e mercados

Um alegretense procurou o PAT para fazer uma reclamação a respeito da quantidade crescente de pedintes que estão, segundo ele, nos estacionamentos de supermercados e, até mesmo, em frente às agências bancárias.

 

O cliente e morador das imediações do supermercado, falou sobre o constrangimento que, conforme ele, passou ao chegar no estacionamento do estabelecimento comercial, na semana passada. Nem mesmo havia descido do carro e um homem que já é conhecido pela prática de estar pedindo, se aproximou da porta. Até aí, ele não teria nada contra, mas ao ouvir que não teria nenhum valor para doar, pois a compra seria realizada com cartão, o indivíduo o teria xingado. O que irritou o morador, pois ele estava com a família.
Até pensei que na saída poderia fazer a doação de um alimento para ele comer, pois sabemos que o dinheiro não seria usado para alimentos. Mas insultar, xingar e falar palavrões, isso aborrece” comentou.

Essa situação já foi pauta do PAT em outras ocasiões e muitos donos de estabelecimentos também se ressentem pela maneira em que os pedintes interpelam os clientes. Toda essa situação está relacionada à drogadição. A maioria dos indivíduos, são dependentes químicos ou alcoólatras.

Em relação a esses casos a Secretaria de Saúde  já tem projetos e quer oferecer novos serviços para ajudá-los, informa a diretora do Serviço de Saúde Mental de Alegrete, psicóloga Nádia Miletto. Uma das novas ações, será um local fora da cidade para acolher e  acompanhar os dependente.  É um modelo de saúde do Ministério da Saúde que mesmo a pessoa tendo casa, se estiver em situação de rua, devido à droga, poderá ir para ser acompanhada até se desintoxicar. Outra possibilidade que também já teve o aval do Prefeito é uma sala de estabilização dentro da UPA.

Segundo Nádia Miletto, a maioria ou até mesmo todos os dependentes químicos de Alegrete, têm famílias. Mas já estão abandonados pelo difícil convívio ou até mesmo pelo fato de que não aceitam regras.