Depois de quase perder a visão, aposentado se dedica à benzedura em Alegrete

Há sete meses que a comunidade vive dias de muitas apreensões e incertezas e, neste tempo, surgiram todos os tipos de medos e angustias.

Fomos todos submetidos a uma nova realidade em que tivemos que nos afastar de quem mais amamos por puro cuidado para evitar que contraiam o vírus, inimigo invisível que pode afetar qualquer um.

A sabedoria passada de pais e avós, através da benzedura faz com que muitas pessoas usem deste dom para ajudar as pessoas aqui em Alegrete.

Filipe Severo Geruntio, aos 52 anos diz que desde novo viu sua avó Felipa, que era parteira e benzedeira realizar estas praticas e depois começou a ter visões que não entendia. Ainda novo começou a benzer com brasa e ramo verde. Mas o determinante para que se dedicasse a ajudar, através de sua energia foi quando teve um AVC, em 2006 e, praticamente perdeu a visão.

-Passei a me dedicar a benzer e minha saúde melhorou. Faço isso no Passo Novo quando os serviço de saúde mental da Secretaria da Saúde vão na localidade e no CAPS 2 aqui na cidade.

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“Trabalhamos com amor e respeito a toda e qualquer crença. Nosso objetivo é ajudar quem está em sofrimento. Junto com amigos atuamos, antes da pandemia, na rede de voluntários da AUFAMISMA no Projeto Corpo e Alma, dentro das práticas integrativas ( reiki, Yoga, danças circulares e benzeduras) do SUS que somam aos atendimentos convencionais.” – comentou.

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Filipi diz que em seis anos já são mais de 30 mil atendimentos em Alegrete.  Agora com todos os cuidados necessários, e muito mais por telefone.

Filipe falou que uma erva poderosa para fazer uma limpeza de energias do corpo é o boldo que pode ser macerado em água morna e colocados depois do banho em todo o corpo, inclusive na cabeça.

Manter canteiros de ervas de chás em casa é importante, diz o casal, porque as plantas medicinais tem poder curativo e regenerador.

Outro que aprendeu a benzer aos 12 anos e até hoje utiliza esta prática é o Otacílio Ribeiro. -Não agradece ou paga por uma benzedura, isso é um dom que Deus dá e só ele pode. A fé das pessoas é fundamental para que faça efeito – Eu faço até a distância para pessoas em outras cidades e me sinto muito bem em poder ajudar, disse Otacílio Ribeiro.

 

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Ribeiro comentou que a inveja é uma das piores coisas que afetam o equilíbrio das pessoas e que esta pandemia, ao seu ver veio para dar um basta em muitas coisas. – As pessoas precisam se dar conta e evoluir, atesta.

Ele volta afirmar que a benzedura não se cobra e nem se agradeçe. É um dom que algumas pessoas têm e devem utilizar para ajudar os outros.

Vera Soares Pedroso