Dia contra a intolerância religiosa na visão de líderes de crenças de matriz africana de Alegrete

Neste dia 21, comemora-se o Dia contra a Intolerância Religiosa, que é o ato de discriminar, ofender ou agredir pessoas por causa de sua religião. Trata-se de um crime previsto no Código Penal Brasileiro.

O Pai Wainer do Bará afirma que as pessoas da religião da Matriz Africana, infelizmente, ainda sofrem preconceito por parte daqueles que não compreendem que toda religião visa ao bem, ajudando as pessoas que enfrentam dificuldades e, na fé, encontram forças para seguir em frente.

Ele explica que, com a lei contra a Intolerância Religiosa, “estamos amparados e nos sentimos mais seguros para professar a nossa fé. No entanto, o que mais precisamos é de respeito e do entendimento de que as religiões da Matriz Africana praticam o bem, e não o mal. Buscamos ajudar a cada um que bate à porta do nosso terreiro, exercendo nossa missão na terra, que é praticar a caridade e estender a mão a cada irmão que necessita da ajuda dos Orixás”, atesta.

Wainer do Bará enfatiza que cada pessoa é livre para acreditar no que quer e seguir o que acha ser o melhor para si, não temos o direito de criticar nem querer induzir ninguém! Por isso, ame incondicionalmente e sem julgamentos, ainda mais quando se trata de religião”.

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Já a mãe Jane de Oyá comenta ser uma atitude odiosa e agressiva a culturas e opiniões diferentes das suas próprias, sendo a intolerância religiosa materializada por condutas de deslegitimação de crenças e religiões que diferem das suas, de modo a estigmatizar, excluir, desqualificar, segregar e silenciar as crenças e rituais considerados inferiores, em uma tentativa de manutenção do exercício de poder do que é socialmente visto como hegemônico.


“Nós líderes religiosos independente do segmento religioso precisamos atuar juntos com práticas para combater e mostrar a importância dos nossos cultos e o quanto somos importantes e atuantes dentro da comunidade civil, mostrando os trabalhos sociais, trabalhando junto com a política pública para todos, independente da crença.

E preciso mostrar que as religiões possuem foco no bem estar emocional, religioso/fé, físico e social de todos, enfatiza Mãe Jane de Oyá Yalorixá, dirigente do Ilê Santa Bárbara Templo Jane da Padilha.

A “intolerância religiosa” tem sido utilizada para descrever um conjunto de ideologias e atitudes ofensivas às crenças, rituais e práticas religiosas. Práticas estas que, somadas à falta de habilidade ou à vontade em reconhecer e respeitar crenças de terceiros, ferem a liberdade e a dignidade humana. Importante lembrar que essa intolerância pode ser contra qualquer crença.

A intolerância religiosa pode se manifestar de diversas formas, como: 

Ofender, discriminar ou agredir pessoas por causa da sua religião

Satirizar ou ridicularizar a importância da cultura e suas devoções

Profanar símbolos religiosos

Destruir locais de culto

Recusar-se a prestar serviços em locais de culto

Restrição ao acesso a locais públicos ou coletivos por conta de fatores religiosos

A intolerância religiosa é um desrespeito aos direitos humanos. Para combater a intolerância religiosa, é importante que as pessoas conheçam seus direitos e denunciem qualquer forma de discriminação.

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