De acordo com a presidente, a meta será cumprida com as chamadas que serão lançadas em setembro deste ano
Em nova etapa, o Programa Ciência sem Fronteiras deve oferecer mais 100 mil bolsas em instituições de ensino estrangeiras, de 2015 a 2018, de acordo com anúncio feito nesta quarta-feira pela presidente Dilma Rousseff. Lançado em 2011, o programa tinha por meta a concessão de 101 mil bolsas – 75 mil bancadas pelo setor público e 36 mil por empresas.
Até o momento foram efetivadas 83.174 bolsas. De acordo com Dilma, a meta será cumprida com as chamadas que serão lançadas em setembro deste ano. Nesta quarta-feira, foram assinadas 5,2 mil bolsas por empresas, das quais 5 mil pela Petrobras.
– Cada vez mais esse programa vai ter uma interface com todos os demais programas de formação educacional e produção científica e tecnológica do Brasil. Foi feito para garantir ao Brasil condições de gerar, aqui, inovação – disse a presidente.
Ela destacou a importância do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) no contexto do programa, uma vez que para participar do Ciência sem Fronteiras é preciso tirar no mínimo 600 pontos no exame:
– Essa é uma das portas dos caminhos abertos pelo Enem.
Mais da metade das bolsas vai para engenharia
O ministro da Educação, Henrique Paim, apresentou um balanço do programa, e disse que do total de bolsas ofertadas, 52% são nos diferentes ramos de engenharia:
– É um avanço para o país, que muitas vezes não consegue avançar nessas áreas.
O programa é desenvolvido pelo Ministério da Educação, em parceria com o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação. O MEC distribui 65% das bolsas, via seleções da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes). Paim também destacou a contribuição dos pesquisadores estrangeiros ao Brasil.
– A vinda dos estudantes do exterior nos mostrou que temos que avaliar e refletir em torno do nosso ensino superior. Eles dão ênfase à parte prática, e este é um esforço que estamos fazendo – afirmou o ministro.
O objetivo do programa é promover a mobilidade internacional de estudantes e pesquisadores, e incentivar a visita de jovens pesquisadores altamente qualificados e professores seniors ao Brasil. O Ciência sem Fronteiras oferece bolsas, prioritariamente, nas áreas de ciências exatas, matemática, química e biologia, engenharias, áreas tecnológicas e da saúde.
Fonte: Zero Hora