Economista, Paulo Renato Rodrigues, analisa o impacto da unificação de impostos nos combustíveis

Uma resolução federal que integra vários impostos em um só, sobre os combustíveis, gerou uma certa esperança de que com isso os preços possam se manter e quem sabe diminuir, visto que o último aumento, em março provocou alvoroço nos consumidores.

Paulo Renato Rodrigues bancário e economista
Paulo Renato Rodrigues bancário e economista

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O economista e ex- Superintendente do Banco do Brasil, Paulo Renato Rodrigues fez uma análise dessa unificação de impostos dos combustíveis.

Ele diz que o aspecto positivo disso é que a não incidência de percentual dá uma relativa estabilidade, pois não gera aumento automático, como no passado, e pode diminuir o impacto do preço no bolso do consumidor. -O gatilho foi desarmado, mas tem que ponderar que a metade do custo dos combustíveis é imposto e o ICMS integra uma parte disso. Tem toda uma cadeia de custos por trás.

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Acredita, o economista, que o preço deve reduzir num primeiro momento, mas os preços continuarão na dependência da cotação internacional do petróleo e do comportamento do câmbio.
Explica que o que precisa ser avaliado, por outro lado, é a política de preços da Petrobrás vinculada à cotação internacional, considerando que o Brasil é um grande produtor de petróleo. Sabe-se que a Petrobrás é uma S/A, que tem investidores no mundo inteiro, mas a opção de criar uma conta de amortecimento, cuja receita sairia da distribuição de dividendos é uma alternativa, considera .

– Vai gerar déficit? Vai, mas o pior é o e feito que o aumento dos combustíveis traz para a população. A inflação é o pior dos impostos, pois penaliza justamente os mais pobres.

Diz que tem que considerar, também, a questão do cenário econômico. O economista coloca que essa questão da guerra tem uma influência enorme no preço, pois a Rússia é simplesmente o maior exportador mundial. E a cotação vai oscilar nessa instabilidade geopolítica, atesta.

Paulo Renato Rodrigues, economista, com pós-graduação em Teoria Econômica pela UFRGS.

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