Educador alegretense dá uma aula de coragem de como enfrentar um tipo raro de câncer

Educador alegretense dá uma aula de coragem de como enfrentar um tipo raro de câncer
Educador alegretense dá uma aula de coragem de como enfrentar um tipo raro de câncer

Neste Outubro Rosa, o alegretense Vladimir Almeida, conhecido como Fifi, resolveu quebrar um tabu e mostrar a importância do exame de toque e de consultar urologista com frequência. O professor de educação física, que está com 41 anos, disse que a descoberta de um câncer de testículo, o fez revelar a sua experiência para conscientizar os homens da importância do autoexame.

“Quero que o meu relato seja relevante para todos os homens, da minha cidade amada. Embora residindo em Capão da canoa, há cinco anos, jamais deixo de sentir falta da minha terrinha querida.” comentou.

Fifi agradeceu ao PAT pela oportunidade em falar do assunto. Ele inicia dizendo que a maioria dos homens acaba não prestando atenção ao corpo ou ignora alguns sintomas. Há dois meses pela manhã, ele percebeu que algo não estava “normal”, o testículo estava enrijecido(duro como uma pedra – citou). Imediatamente procurou auxilio médico, pois no seu caso, não havia sintomas. Porém, na consulta, veio a suspeita de um tumor, algo que o medico disse que há anos o acompanhava, entretanto, assintomático e de difícil diagnóstico precoce, até então.

Vladimir saiu do consultório com todos os encaminhamentos necessários e com a certeza de que deveria procurar saber do que realmente se tratava o quanto antes. “Contudo, a saúde muitas vezes é morosa, infelizmente pelo SUS há vários trâmites e poderia demorar meses entre consultas e exames. Foi aí que minha família e amigos foram importantes na ajuda financeira, pois a maioria das consultas e exames foi particular. A confirmação foi de um câncer e que deveria fazer a cirurgia. Mais um períod que teria que esperar, entrei com uma ação na Procuradoria Pública e também encaminhei pelo SUS. A resposta era de uma espera aproximada de quatro meses no mínimo.” – explicou.

A fé de Fifi foi determinante. Ele ressaltou que Deus prevê todas as coisas e não o desamparou, colocando pessoas abençoadas em seu caminho. O que iria demorar no mínimo 120 dias, aconteceu em uma semana. “Tudo foi muito rápido, Graças a Deus, até porque ouvi do médico que não teria esse prazo para esperar e, a cirurgia foi marcada para este sábado, no hospital em Canoas. estou muito confiante, pois a partir daí vou saber se terei que fazer quimioterapia, radioterapia, enfim, qual será o tratamento.”- disse Fifi.

O alegretense foi atleta no Clube Atlético de Setembro, jogando futsal. Ele também joga basket e sempre foi envolvido na área esportiva em Alegrete, desde a época em que estudava no IEEOA.

Ao ser questionada se teria algum receio ou medo, foi taxativo em dizer que não, quando o assunto é relacionado a virilidade. Fifi, confirmou que não sente vergonha em falar abertamente do assunto, foi criado e ensinado pela mãe, Eni Rosa dos Santos (in memorian) que sempre deve ser aberto a todas as situações, vergonha é esconder e não procurar ajuda. Ele também falou que o pai Eurico Gaspar, passou por uma situação parecida em 1986 e superou tudo isso tranquilo. ” Esse apoio dele está sendo fundamental pra mim. Sempre fui muito ativo fisicamente e isso vai ajudar muito agora” – citou.

Para concluir, o educador físico, mais uma vez comentou que os homens não devem ter vergonha e se notarem qualquer mudança no corpo, o auxilio médico deve ser imediato. O câncer de testículo e raro, atinge cerca de 1% dos homens entre 20 e 40 anos, além de, na maioria das vezes ser assintomático. Prevenção e cuidado são indispensáveis – concluiu.

Flaviane Antolini Favero