Ela só tinha uma opção: lutar pela vida até o fim

Sempre há relatos que emocionam e também inspiram. Tem àqueles que ajudam, motivam e também auxiliam pessoas que passam por problemas e dificuldades.

Neste caso, a seguir, foram 219 dias em uma cama de hospital, sete meses de muita Fé. Contudo, a alegretense Ana Suzete Kujawinski Gonçalves, mais conhecida como Suzi, teve uma nova chance – ela voltou para o lar.

Em um relato na sua rede social, ela destacou o quanto a gratidão de cada dia faz sentido. Se passaram três anos do diagnóstico e, um(ano) da última cirurgia.

Por esse motivo, Suzi decidiu fazer um alerta, narrar o que aconteceu e como foram algumas das etapas.

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O começo:

“Obrigada meu Deus pela minha vida e, a todos que estiverem passando por algum problema de saúde não esqueçam que, para Deus, nada é impossível. Nunca perdi a Fé.”- ressaltou.

Suzi falou ao PAT, que depois dos sete meses internada, a maioria do tempo em Santa Maria, ao retornar para casa, ainda foram mais dois(anos) de idas e vindas a hospitais.

“Eu quero, com o relato, a seguir, deixar um aviso: não espere para retirar uma pedra na vesícula porque, por menor que pareça, ela pode causar muito problema.

Quando sentirem algum sintoma, não hesitem em procurar a ajuda de algum médico. Também quero dizer que, se você tem alguém, familiar ou amigo passando por momentos difíceis em relação à saúde, que ninguém perca a fé e acreditem sempre em Deus. Não deixem de confiar nunca. Vários médicos em Santa Maria me disseram que seria o meu fim, que eu não fazia ideia do que eu tinha passado… milagres existem”- pontua.

Suzi comentou que tudo começou com alguns enjoos seguidos de vômitos, em 2018. Ela fez alguns exames e o resultado foi de pedra na vesícula, várias pedras pequenas.

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Pouco tempo depois, foi para a UPA sentindo muita dor abdominal e vômito. — “não lembro de nada, parece que perdi os sentidos. Descobrindo então, que se tratava de uma pancreatite, fui para a UTI, onde fiquei em torno de 10 dias. Logo após, fui para o quarto, onde comecei a piorar muito. Foi então, que recebi a notícia que deveria fazer uma cirurgia, o que complicou a situação, já que, em Alegrete não tinha quem a fizesse, aí então, fui para Santa Maria” – pontua.

Chegando no Hospital de Caridade, em santa Maria, Suzi foi direto para a UTI e, na sequência, fez a cirurgia da retirada de metade do pâncreas, já que ele estava necrosado. Nessa cirurgia, o médico falou que ela tinha apenas 10% de chance de sair da sala do procedimento com vida, entretanto, ela cita que: Graças a Deus, teve sucesso e deu tudo certo.

Depois de dois dias retornou para a UTI e teve um sangramento no corte da cirurgia. “Lembro que foi um grande “corre-corre” dos enfermeiros, já que eu precisava de uma tomografia de emergência e, para minha surpresa, o resultado foi uma fissura no fígado, o que me fez ir para minha segunda cirurgia”- recorda.

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Com o fígado cauterizado, Suzi retornou para a UTI e, quando tudo ainda estava longe de acabar, teve o diagnóstico de água nos pulmões e foi necessário colocar dreno (“que dói muito para colocar”- cita).

“Tenho uma lembrança de sempre estar com vários aparelhos ligados ao meu corpo. Saí da UTI com a saúde sempre oscilando, dias bons e outros nem tanto. Com muita infecção, fazia o uso de muitos antibióticos que deixavam meu corpo muito inchado.

A vesícula, como estava muito inflamada, continuava no lugar, porém, sempre correndo o risco de mais uma pedra sair. Até que, um dia fiquei um pouco mais forte e pude realizar uma cirurgia para retirar, sendo assim, a 3ª”- descreve.

Assim, os dias, horas e meses foram passando e nenhuma melhora visível. De tanto ficar na cama, a alegretense não conseguia se manter em pé, nem ao menos virar-se sozinha na cama. Passou a tomar banho de leito, perdeu muito cabelo e mais de 50kg, alimentava – se somente por sonda.

Com muita fisioterapia, Suzi começou a caminhar nos corredores do hospital e, com essa evolução, passou a tomar banho no chuveiro. Com a ajuda de uma cadeira, fazer caminhadas pelo pátio do hospital, olhar para a rua, entre outros. Essas medidas, foram muito positivas, acrescenta.

Pouco tempo depois, ela passou para a alimentação oral, que no início era líquida, depois para uma pastosa e por fim, indo para a normal. Não obstante, aconteceram alguns imprevistos, que fizeram o processo se repetir, desde a alimentação enteral e assim, os demais ciclos, diversas vezes nos mais de sete meses.

O retorno para casa

Depois de três meses em casa, achando que tudo já tinha acabado, Suzi passou a sentir muito enjoo, vômitos e tonturas. Começando assim, um vai e vem para o hospital, onde ficava uns 15 dias em casa e cerca de sete, no hospital de Alegrete. À época as taxas de lipase e amilase estavam muito altas.

“Certo dia cresceu uma “bola” na minha barriga, que era um cisto pancreático (o que era “normal” na minha situação), foi tratado por um tempo aqui na Santa Casa, mas logo após uma semana, ele voltou, foi quando tive que retornar para Santa Maria para fazer uma drenagem, ficando um mês com um dreno conectado ao meu pâncreas.

Quando tirei o dreno, passei um tempo, bem novamente, porém, estava longe do fim, pois começaram os

enjoos e vômitos e, mais uma vez, fui internada para tratar de uma outra pancreatite. Contudo, foi controlada com o uso de antibióticos”- explica.

Um ano e pouco depois, Suzi foi diagnosticada com um outro cisto pancreático e passou pela quarta cirurgia, que desviou o líquido para o intestino. Como nem tudo foram flores, ficou bem por um tempo e a necessidade da quinta cirurgia, em maio do ano passado.

“Essa última, foi para conectar o líquido ao estômago. A cirurgia foi muito complexa, com a duração de cinco horas e um pós-operatório mais complicado ainda. Tive anemia, tomei bolsas de sangue, o que resultou em mais 20 dias hospitalizada.

Hoje em dia, completo um ano que estou me sentindo 100% bem, fazendo apenas consultas de revisão em Santa Maria, sendo a última neste mês, onde descobri que fiquei com uma hérnia de herança, mas que não vai me causar nada grave. Agradeço aos médicos da UPA, Santa Casa de Alegrete, Hospital de Caridade Dr. Astrogildo de Azevedo de Santa Maria, Unimed Santa Maria, HUSM, amigos, família e até mesmo desconhecidos que nunca imaginei que estariam torcendo por mim,” concluiu.

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Ezequiel Bravo.

Benção, o testemunho ajuda a alimentar a esperança de alguém abatido.