Em falta, carros novos somem do mercado, e preço de usados dispara

No entanto, alguns conseguem efetuar a entrega do veículo 0 Km entre 45 e 90 dias, dependendo do modelo.

Carro 0 KM na concessionária

Foi-se o tempo em que o carro usado era uma opção bem mais barata. Agora, tem gente comprando um veículo seminovo e pagando quase o preço de um 0 km. Por outro lado, quem tem carro usado para vender está levando vantagem e negociando até por mais do que pagou na compra. O motivo? Falta carro novo no mercado.

Tudo por causa de uma escassez de microchips, de componentes eletrônicos. Na verdade, esse é apenas um dos efeitos de uma crise geral de abastecimento, que o mundo está vivendo agora.

Com o avanço da tecnologia, praticamente tudo em um carro hoje é automatizado. A estimativa é de que para fabricação de um veículo sejam necessários 1.400 chips semicondutores. Só que eles estão em falta no mundo inteiro. A escassez dessas pequenas peças está fazendo os carros zero demorarem meses para serem entregues, e o preço dos usados disparar.

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Uma consultoria americana calcula que a indústria automobilística mundial irá perder US$ 210 bilhões de receita em 2021 pela falta de chips.

A maioria das peças, cerca de 72% da produção mundial, é feita por apenas dez empresas em todo o mundo. A TSMC, do Taiwan, por exemplo, fabrica sozinha quase um quarto de todos os semicondutores usados no planeta.

Em Alegrete, concessionárias se ressentem dessa situação. Com a proximidade do final de ano, alguns clientes optam por trocar de carro e até investir no tão sonhado 0 Km. Mas diante do cenário, salões com poucos veículos e dificuldade na reposição estão afetando as vendas de carros novos. No entanto, alguns conseguem efetuar a entrega do veículo 0 Km entre 45 e 90 dias, dependendo do modelo.

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Em contrapartida, as revendas conseguem fazer bons negócios. O preço do semi-novo e usados valorizou e muitos estão conseguindo fazer bons negócios.

Revendas estão negociando carros semi-novos e usados por preços reajustados semanalmente

Alguns proprietários de revendas procurados pela reportagem, confessam que o montante de vendas caiu um pouco em relação aos dois meses anteriores, mas existe procura e a tendência é aumentar conforme se encaminha o final de ano.

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