Em nota, Ministério da Saúde aponta avanços contra o crack

Governo federal sustenta que foram criados 2,2 mil novos leitos para atendimento de dependentes químicos

 crack-o-vicio-da-destruicao1Questionado sobre as fragilidades a rede de atendimento ao usuário de crack, o Ministério da Saúde divulgou uma nota em que resume os investimentos recentes feitos nessa área.
Um estudo realizado no Rio Grande do Sul revelou que quase 90% dos adolescentes usuários voltam a consumir a droga apenas três meses depois de receber alta, e 43% dos jovens e adultos precisam de sucessivas reinternações no período de três anos.
Leia, abaixo, a íntegra da nota do ministério:
As ações do governo federal para o enfrentamento do crack envolvem estratégias públicas conjuntas com os estados e municípios e contemplam três eixos de atuação: prevenção, cuidado e segurança. O Ministério da Saúde desenvolve e financia as ações do eixo cuidado; já os eixos prevenção e segurança são de responsabilidades da Secretaria Nacional de Politicas sobre Drogas (Senad) e do Ministério da Justiça, respectivamente.
O governo federal já investiu R$ 1,5 bilhão na execução das ações do plano de enfrentamento do crack, sendo que R$ 1,4 bilhão são recursos do Ministério da Saúde destinados à ampliação dos serviços que prestam atendimento a dependentes químicos no Sistema Único de Saúde (SUS).
A Rede de Saúde Mental, que atende aos dependentes químicos, conta hoje com 2.128 Centros de Atenção Psicossocial (CAPS). Juntos eles podem realizar 43,1 milhões de atendimentos por ano. Os CAPS Álcool e Outras Drogas podem realizar mais de 8,5 milhões de atendimentos por ano (em 2011 essa capacidade era de 6,2 milhões de atendimentos, o que representa um aumento de 26%).
Nos CAPS, o paciente recebe atendimento próximo da família, assistência médica e cuidado terapêutico conforme o seu quadro de saúde. Nesses locais também há possibilidade de internação quando há orientação médica para isso.
Em conjunto com estados e municípios, o Ministério da Saúde também criou 2.212 novos leitos, sendo 782 em enfermarias especializadas (hospitais gerais), 530 em CAPS 24 horas Álcool e Drogas e 900 nas 60 novas unidades de acolhimento criadas. A rede de atendimento a dependentes químicos também é composta por 101 Consultórios na Rua, que atendem aos usuários nos locais de uso.
Todas unidades da Federação já aderiram ao plano de enfrentamento do crack. Além disso, 118 municípios com mais de 200 mil habitantes e o Distrito Federal fazem parte da ação.