Entenda a Relação Alimento-Psique

Na edição desta semana do Espaço Fluir, a Nutricionista Maria Gizelda Garcia Thaddeu – especialista em Nutrição Clínica, aborda o tema “Relação Alimento-Psique”.
Acompanhe:
O ato de comer equivale, simbolicamente, a um ato de incorporação e introjeção: é o gesto que nos permite levar para dentro substâncias que se transformam em nós e que nós transformamos. De fato, o alimento é, antes de mais nada, um objeto do mundo exterior, algo de “diferente” que introduzimos através da boca e que desde aquele instante, será parte de nós, atingindo e modificando nosso mundo interior.

Se comemos muito mais do que o necessário, os motivos desse nosso comportamento alimentar inadequado está sendo, na maioria das vezes, de ordem psicológica. De fato, o alimento representa o substituto preferido de nossas necessidades insatisfeitas. Recorrer ao alimento é uma das maneiras mais simples e aparentemente gratificante para anestesiar a ansiedade, o estresse, as frustrações, as tensões ocultas, as defesas refreadas, etc…
Então, se quisermos descobrir as causas reais do peso excessivo e dos resultados duradouros, precisamos realizar reflexões profundas sobre nós próprios.
A prática clínica nos ensina que o excesso de peso poderá estar encobrindo muitos significados psicológicos não só variáveis de pessoa, mas diferentes também no âmbito da própria história pessoal segundo ocasiões em que se manifestam.
Desde o nascimento, o alimento está ligado à uma vivência emocional muito intensa (fome-desconforto, alimento-prazer), que representa a satisfação de uma carência fisiológica e psicológica). Existem mães que amamentam seu filho toda a vez que ele chora, por serem incapazes de imaginar nele outras defesas. Nesses casos a criança não aprende à distinguir e reconhecer a satisfação de suas necessidades reais, aí usa o alimento como resposta para todos os impulsos e para todas as emoções.


Em alguns casos, os quilo extras representam uma concha contra a ansiedade e a ameaça de destruição, dando ao mesmo tempo sensação de força. O fato de ser gordo significa sentir-se mais forte, menos vulnerável, medo de não se encontrar à altura, desiludir as expectativas e de não aguentar.
Existem situações em que comer em excesso reflete a falta de satisfação das profundas carências pessoais incluindo aqui, o sexo.
Frequentemente, o aumento excessivo de peso está expressando o desejo inconsciente de reivindicar o próprio espaço perante a figura paterna ou materna que sufoca ou então perante um parceiro que pretende ser pesadamente invasor.
A vontade de demonstrar a nós próprios que também somos capazes de ser “grandes” ou a tentativa de reforçarmos nosso próprio território, “alargando-nos”, traduz-se, então, em um comportamento alimentar excessivo.
Algumas vezes, o excesso de peso representa uma forma de se defender contra situações da vida. Nesses casos, o corpo parece expressar a necessidade que a pessoa sente de adquirir mais peso para aprofundar raízes resistindo aos problemas: engordar significa, “oferecer resistência maior” e estar “mais plantado no chão”.
Orientamos a todos que mantém um relacionamento conflitante com os alimentos, que busquem ajuda na nutrição clínica e na psicoterapia.

Maria Gizelda Garcia Thaddeu
Nutricionista – CRN 1960
Especialista em Nutrição Clínica

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Profissionais do Espaço Fluir:

Gabriel Blaskesi – Psicólogo
Daniela Vizzotto – Psicopedagoga;
Gizelda Thaddeu – Nutricionista;
Mônica Corrent – Terapia Ocupacional;
Ana Cristina Tolfo – Psicóloga;
Sabrina Pacheco – Massoterapeuta e Depiladora

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