
O maior esqueleto de um fóssil de Triceratops será leiloado no dia 21 de outubro em Paris, na casa de leilões Drouot. Estimasse que o dinossauro tenha vivido há 66 milhões de anos no antigo continente Laramidia – que se estendia na área onde, atualmente, fica o Alasca até o México. Os leiloeiros estimam que o valor para ter o espécime será entre 1,2 milhão e 1,5 milhão de euros (aproximadamente entre R$ 7,3 milhões e R$ 9,1 milhões).
O Triceratops, apelidado de Big John, foi encontrado em maio de 2014 em Dakota do Sul, Estados Unidos, e restaurado na Itália. O esqueleto está 60% completo e o crânio 75%, parte do bom estado se dá pelos ossos terem sidos preservados na lama. O crânio mede 2,62 metros de comprimento e 2 metros de largura. Já os chifres têm 1 metro, mas são capazes de suportar 16 toneladas de pressão.
De acordo com o Museu de História Natural do Reino Unido, o crânio do Triceratops é um dos mais marcantes entre os animais terrestres, tendo três chifres, um bico parecido com um de papagaio e uma “coroa” de quase 1 metro usada para proteger o pescoço. Com 8 metros, Big John é o maior dessa espécie de dinossauro já encontrado, disseram os leiloeiros.
Essa não é a primeira vez que um esqueleto de dinossauro é vendido. Ano passado, um dos esqueletos mais completos de Tyrannosaurus rex foi leiloado por US$ 31,8 milhões (R$ 162 milhões). No entanto, essas vendas preocupam os paleontólogos e, sobre o caso da comercialização do Tyrannosaurus rex, a Sociedade de Paleontologia de Vertebrados escreveu: “Espécimes fósseis que são vendidos para mãos privadas são potencialmente perdidos para a ciência. […] Mesmo que sejam acessíveis aos cientistas, as informações contidas em espécimes de propriedade privada e o acesso futuro não podem ser garantidos e, portanto, a verificação das afirmações científicas (a essência do progresso científico) não pode ser realizada.”
Por: Martina Santos