
O prejuízo mais notável, conforme Farias, ocorreu na safra de 2004/2005, quando a produtividade do grão sofreu uma queda de 78% no Estado. No Paraná, a quebra atingiu 23%. Em Manoel Viana, onde a seca está mais acentuada e com situação de emergência decretada pelo Município, a estimativa de hoje, é perde de 25% a 30% da safra de soja. Os prejuízos, são imensos, podendo variar de R$ 2milhões a R$ 15milhões, essa estimativa pode alterar conforme os hectares de cada propriedade.
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Um produtor rural da cidade vizinha, destacou alguns setores do agro diretamente afetados pela baixa oferta da oleaginosa, a avicultura, a produção de ovos, a suinocultura e até mesmo a piscicultura. “Não tem criação de peixe se não tem soja, 90% da ração de peixe é soja”, completou.

Nesses caso de seca, a irrigação através de maquinários e poços artesianos, não atende toda a demanda da propriedade rural. Boa parte dos produtores, esperam pela chuva ainda nessa semana para diminuir as perdas ao longo da safra. Com o decreto de emergência autorizado, os agricultores podem ir as suas respectivas instituições financeiras para acionar o seguro da safra e com isso amenizar de maneira momentânea alguns custo da safra.
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A irrigação é considerada, muitas vezes, como a principal medida para reduzir a sensibilidade gaúcha às secas e estiagens. Ainda de acordo com o estudo da Seapi, na safra 2023/2024, apenas 3% da área destinada à soja foi beneficiada com irrigação. Os 97% restantes dependeram das precipitações pluviométricas e da umidade acumulada pelo solo.
O Rio Grande do Sul depende muito da agricultura, e a soja é o carro-chefe. Se não vai bem, não vai bem também a economia do Estado”, acrescentando que o impacto, sobre a economia gaúcha, de uma safra consumida pelo calor e pela desidratação “é monstruoso, não só para o produtor, mas para vários outros segmentos”, completou o produtor, que não quis se identificar.
Fonte: Emater e Correio do Povo