Estrada do Rincão de São Miguel é um entrave à produção, denuncia produtor rural

Um texto do produtor rural Cícero Roberto Peres Pereira, morador do Rincão do São Miguel, repercutiu na noite de domingo(3), entre grupos de whatsApp e redes sociais.

Em uma pequena explanação sobre o tema estradas do interior, como ele mesmo citou em entrevista ao PAT, uma “ladaínha” que não tem fim, Cícero descreveu a realidade que estão passando na atualidade.

Segundo ele, um trecho de 30 KM, é percorrido em um tempo de mais de uma hora. “Se for andar rápido, talvez consiga em 1h10, mas com certeza vai ter algum prejuízo no veículo, não há caminhonete que aguente” – ressalta.

Na íntegra, o desabafo do produtor:

A Estrada do Rincão de São Miguel é o seguinte: se alguma pessoa tiver algum problema grave de saúde, sofrer um acidente, tipo um corte com ferramentas ou implementos agrícolas, a peonada sofrer uma rodada de cavalo, um acidente na lida de campo e mangueira, e precisar de um socorro emergencial de ambulância, camioneta ou carro que precisar ir à cidade, certamente não vai chegar a tempo no hospital para atendimento médico.

A vítima vai morrer na metade do caminho, pois a estrada não permite um deslocamento rápido para salvar uma vida.

O tempo chuvoso e úmido não justifica o descaso e abandono, da via de acesso, de um dos maiores sub- distrito de Alegrete.

Quem quer trabalhar, não escolhe tempo ruim ou bom. Se tá molhado, poderiam muito bem ir fazendo algumas limpezas de valeta ou bueiros com uma reto escavadeira.

O produtor rural com tempo ruim ou bom cumpre com o seu papel que é produzir alimentos. Plantamos e colhemos o arroz e a soja, agora, plantamos o trigo, as pastagens, produzimos os terneiros, os cordeiros, engordamos as vacas, os bois e o leite.

O trabalhador rural não para, e desta forma todos os dias chega na cidade toda a cadeia produtiva que continua em plena produção e, nós produtores, empregamos muita gente assim.

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Como não deixamos de ir e vir nas nossas propriedades, não podemos aceitar o lambe- lambe e esfrega- esfrega, além disso, são muitos “horariozinhos” para não irem trabalhar e fazer o serviço na campanha. Poderiam passar a semana toda na campanha, fazendo os reparos nas estradas e ficar acampando em algum galpão de estância de granja, tenho certeza que em pouco tempo teríamos as estradas rurais do Alegrete, todas recuperadas e com condição de trafegabilidade. “- encerrou Cícero.

Ele também pontuou que sabe, talvez tivesse que mudar a legislação, ter alguma outra maneira de que os funcionários não tivessem um horário tão engessado, com isso, o período de tempo in loco, segundo ele, iria trazer resultados muito mais eficazes e duradouros. Hoje, o período das manutenções estariam dando condições de trafegabilidade por cerca de uma semana.

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“A Prefeitura, vai e faz, mas tem sido muito paliativo” – acrescenta.

Ainda no domingo(3), o relato de um outro produtor foi de que um funcionário sofreu um acidente e deslocou o ombro, para chegar à cidade sofreu muito de dor.

Em alguns trechos e localidades, os próprios produtores estão fazendo a manutenção das estradas.

O PAT tentou contato com Secretário de Agricultura, porém, acrescenta que devido ao horário e por ser domingo, reconhece que o horário poderia ser inoportuno, por esse motivo, não há posição da prefeitura, contudo, estamos à disposição.

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Mário brandt

Se esse que tem 6 vacas está berrando imaginem o resto que tem tropa !!