Estudo recente confirma que é benéfico “abrir o coração” para pessoas desconhecidas

Após um dia extremamente cansativo, nada melhor do que chegar em casa, tomar um bom banho e dormir, não é mesmo? Mas, mesmo estando cansado, às vezes, não conseguimos dormir, pelo fato de a mente estar a todo o vapor.

Estudo recente confirma que é benéfico “abrir o coração” para pessoas desconhecidas
Estudo recente confirma que é benéfico “abrir o coração” para pessoas desconhecidas

Seja uma discussão no trabalho, seja a fatura do cartão de crédito, alguns pensamentos acabam ganhando destaque por nós. Conforme o tempo passa, a sua cabeça pode ser berço de incontáveis pensamentos, muitos, aflições e medos que não são bons ficarem guardados na mente a sete chaves.

Portanto, ter alguém para conversar e desabafar torna-se um exercício necessário e saudável. Costumeiramente, as pessoas, no geral, abrem o seu coração para amigos próximos ou familiares, enquanto que para os “estranhos” preferem não se aprofundar em determinados assuntos. No entanto, segundo sugere um novo estudo, as expectativas das pessoas a respeito das suas interações com estranhos são incompatíveis com os resultados dessas mesmas interações. 

 Se a gente analisar, veremos que isso faz muito sentido. Vamos pensar na seguinte situação hipotética: “você está na rua e vê um homem desconhecido vindo na sua direção. Então, você o aborda e começa conversar com ele sobre os seus maiores medos e angústias”. Como você se sentiria com isso?  É provável que a maioria das respostas corrobore com a sugestão do referido estudo, afinal, nem todos se “sentiriam a vontade” em conversar sobre assuntos mais íntimos com estranhos. Mas vários experimentos foram feitos e os resultados confirmaram diferenças significativas entre expectativa e realidade das conversas com estranhos.

Mais de 1800 pessoas foram convidadas a participar desses experimentos, os quais eram divididos em duas partes: no primeiro conjunto, os participantes disseram como esperavam se sentir após uma conversa profunda com um estranho; depois elas relataram como realmente se sentiram após ter essa conversa. O assunto a ser tratado deveria ser algo bem forte para pessoa como, por exemplo, descrever alguma vez em que chorou na frente de outra pessoa.

Como resultado dos experimentos, os pesquisadores tiveram uma comparação entre expectativa x realidade. Constatou-se que os participantes subestimaram seu próprio interesse em ouvir um estranho e o quanto o desconhecido estaria interessado em ouvi-los. Além disso, pôde constatar que os participantes ficaram mais conectados e felizes do que imaginavam após conversar com uma pessoa que nunca tinham visto antes. Por fim, os pesquisadores concluíram que os dados obtidos também poderão ajudar a explicar porque as conversas na vida diária são mais superficiais do que as pessoas podem preferir.

João Baptista Favero Marques

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