Da chegada em Alegrete, no inicio dos anos 60 com o marido João Izolan, Eunice Disconzi Izolan construiu muito mais do que uma sólida e numerosa família. Ao lado de João, viu os filhos crescerem e a chegada dos netos. O casal que veio da pequena e bela Jaguari trouxe mais do que o sotaque dos descendentes italianos. Veio na mala, o sonho de uma vida mais promissora. Em Alegrete a pequena loja de calçados daria lugar, anos depois, a uma das mais importantes empresas do comércio da cidade.
Com o passar do tempo, Eunice e amigas fundaram o Grupo Mãos Dadas. Era 18 de setembro de 1984. As 40 componentes da nova entidade filantrópica, iniciavam uma longa trajetória de abnegação, solidariedade e amor ao próximo. Nesses mais de 30 anos de trabalho voltados aos mais necessitados. Eunice só se afastou das atividades do grupo há cerca de dois anos quando a saúde começou a mostrar sinais de acentuada debilidade. Mesmo assim, permaneceu como fiel colaboradora e, no jantar dos 30 anos do grupo em 30 de setembro do ano passado, lá estava ela. Foi a última vez que encontrou-se com as velhas e novas integrantes do Grupo Mãos Dadas.
Para a professora Nally Santos Fagundes, que irá assumir a presidência do grupo nos próximos dias, a morte da Eunice é uma perda irreparável para a filantropia, a caridade e a doação. Virtudes que a companheira deixa como grande legado e inspiração a todos que exercem atividades voltadas ao bem coletivo.
O corpo de Eunice Izolan esta sendo velado nas salas velatórias da Angelus, na rua Daltro Filho, e o sepultamento será nesta sexta-feira, às 09 hs no cemitério local.
Fotos: arquivo pessoal Nally Santos Fagundes