“Foi um filme de terror”, diz prefeito de Capão Bonito sobre passagem do ciclone-bomba

Segundo a Defesa Civil, 920 pessoas foram retiradas de suas casas em municípios da região

A chuva seguida de forte vento, em razão do ciclone-bomba que atua desde terça-feira (30) no Estado, causou pânico em cidades do Interior e deixou ao menos 920 desalojados nesta quarta-feira (1º) na Serra. Segundo a Defesa Civil, 400 pessoas foram retiradas de suas casas em Capão Bonito do Sul e outras 520 em Vacaria.

Em Capão Bonito, a falta de luz reflete no desabastecimento de água e na precariedade do sinal de internet para os cerca de 2 mil habitantes. Segundo o prefeito do município, Felippe Junior Riet, o município contabiliza 130 casas danificadas, além de diversas propriedades rurais afetadas com galpões descobertos. Quinze famílias, de acordo com o prefeito, estão desalojadas.

— Foi um filme de terror! Vi árvores araucárias caídas ocupando áreas de cinco hectares inteiros. Nossa prioridade agora é a energia elétrica, porque sem luz também ficamos sem internet e sem água — diz.

Em Vacaria, o número estimado de casas atingidas é de 130, segundo a coordenadora da Defesa Civil na cidade, Sirlei Castanha. Ela diz que, na manhã desta quarta, há postes e árvores caídas por todo o município.

— Fomos surpreendidos porque não imaginávamos que fosse tão forte assim. Há muito para se reconstruir. Uma pessoa ficou levemente ferida porque o vento a arrastou. Cheguei até ela (uma senhora) e a puxei para dentro da viatura. A cidade toda estava em pânico — lembra.

Segundo Sirlei, houve o registro de uma residência partida ao meio em Vacaria.

— Foi em uma casa mais precária. Com a força do vento, partiu ao meio e ficou dividida em dois lados — afirma.

A previsão repassada pela RGE, conforme a coordenadora, é de que a energia elétrica retorne em até sete dias. O município pretende solicitar ajuda ao governo do Estado para a aquisição de brasilite para repor as telhas das casas. Além disso, o órgão precisa de doações de colchões. O contato pode ser feito pelo telefone (54) 3231 6417 ou (54) 9.9701-1365.

Fonte: Gaúcha/ZH