“Foi uma cena trivial, mas carregava um comovente simbolismo”, descreve o professor de matemática

Na tarde de quarta-feira(1°), o professor de matemática, Jorge Camargo, descreveu uma cena real em seu perfil no Facebook. Ao ler, é difícil ficar indiferente.

Jorge descreve que trafegava, de moto, pela Avenida Tiaraju, quando visualizou um ônibus parado e dele, descendo com dificuldade, uma senhora idosa. “Ela estava com uma máscara de “pano” como a minha. Não pude conter a consternação. Meus olhos ficaram embaçados. Diminuí a velocidade e me recompus. A cena era de apenas mais uma cidadã qualquer descendo do transporte público. Para mim, era uma vovó, a vovó de alguém”- descreveu.

(Imagem ilustrativa)

Na sequência ele esclarece o porquê relatou a cena. “Por que sou “bonzinho”? Longe disso. Meu relato é um apelo para que venhamos a nos cuidar e cuidar de nosso próximo. Cuidarmos uns dos outros respeitando os protocolos até que o vento passe. Quanto à doce e desconhecida vovó que me emocionou, o meu Deus cuidará dela e, pela fé, a verei novamente no verão, sem máscara e com saúde”- finalizou.

Ao falar com a reportagem, Jorge disse que resolveu escrever pois ao chegar em casa e dividir o seu sentimento, mais uma vez se emocionou como a esposa(Carmen) com quem dividiu aquela que poderia ter sido apenas mais uma visão, porém, demonstrou o quanto precisamos ainda mais nos cuidar e fazer isso com muito zelo com as pessoas que amamos.

Talvez a fragilidade e as marcas do tempo que estavam estampadas na figura de um bondosa idosa, seja uma realidade dos tempos atuais em que, embora haja uma busca para entender o que está acontecendo com o mundo neste ano, muitas pessoas falam em evolução, fé e solidariedade, que a pandemia iria tornar o ser humano, melhor. Porém, no dia a dia, muitas vezes o perceptível é que talvez será preciso algumas outras provações para redimir a humanidade.

Não esqueçam: os idosos são grupo de risco e as chances de superarem o coronavírus, em caso de contaminação, são menores, ainda mais em caso de outras comorbidades, como diabetes, hipertensão, entre outros.

 

Flaviane Antolini Favero