Fronteiras terrestres do Brasil com Argentina e Uruguai são reabertas a estrangeiros

De acordo com a Polícia Federal, movimento foi mais baixo, com 137 pessoas ingressando pela manhã. Para entrar, é preciso vacinação completa ou teste de Covid. Reabertura deve se intensificar no verão e empolga setor do turismo.

Fronteiras terrestres do Brasil com Argentina e Uruguai são reabertas a estrangeiros
Fronteiras terrestres do Brasil com Argentina e Uruguai são reabertas a estrangeiros

As fronteiras terrestres do Brasil com Argentina e Uruguai foram reabertas neste sábado (11). Até então, somente os brasileiros podiam ingressar nos países vizinhos.

As exigências para a entrada no país por via terrestre serão o certificado de vacinação contra Covid-19 e o teste negativo do tipo RT-PCR. O movimento de entrada de estrangeiros em Uruguaiana, na Fronteira Oeste, porém, foi pequeno: 137 pessoas ingressaram pela manhã.

“A expectativa é que a gente consiga recuperar esse meio milhão de turistas argentinos e uruguaios que visitavam o estado do Rio Grande do Sul, que eles possam agora retornar aqui na nossa região, passando pelo litoral, passando pela serra, passando pela campanha, pela fronteira, por todos os destinos turísticos”, diz o secretário de Turismo do Rio Grande do Sul, Ronaldo Santini.

O número deve se intensificar com a chegada do verão. As principais portas de acesso no Rio Grande do Sul são Uruguaiana, São Borja e Santana do Livramento. Por isso, a Polícia Federal se prepara para receber os turistas.

“A gente aumenta o efetivo nas fronteiras. Ainda que a gente não possa prever com exatidão quais serão os números, o fato é [que] deve haver uma incidência de entrada não tão grande quanto os números que a gente teve em 2015, 2016, 2017, 2018, mas, efetivamente, vai ter uma procura de estrangeiros”, comenta o delegado regional executivo Alessandro Lopes.

Empolgação no turismo

Na loja de Read Bakarat, presidente do Sindilojas Uruguaiana, um cartaz dá o recado: “Abrace o turista”. A expectativa é recuperar o mercado que esfriou após o fechamento das fronteiras em março do ano passado.

“Nossos irmãos argentinos e uruguaios têm uma influência muito grande no comércio de Uruguaiana, faz um impacto econômico de grande crescimento para nós”, aponta.

O comerciante Rafael Alberto Romeiro, que tem um mercado que concentra boa parte do comércio da cidade, também está empolgado.

“A gente depende 90% dos argentinos, 5% dos uruguaios e 5% dos brasileiros aqui da região. Hoje, atualmente, só eu trabalho. Não tenho nenhum funcionário, infelizmente, devido à pandemia. Mas, se Deus quiser, agora, com a volta deles, nós vamos ter mais público, vamos ter mais trabalho, vamos poder contratar pessoas”, acredita.

Também comerciante, o argentino Jorge Campos diz que costuma vir ao Brasil todos os anos. Porém, com os fechamentos, a última vez que visitou o país foi em fevereiro de 2020.

“Brasil é minha segunda casa. Adoro aqui e, por isso, temos muito cuidado em vir com todas as vacinas. Somos ‘hermanos’, procuramos ser ‘hermanos’ e que nos aceitem como ‘hermanos’. É uma honra para mim que seja um ‘hermano’ para vocês”, assinala.

Fonte: G1

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